quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

Entenda o sucesso da Honda Biz



Facilidade de pilotagem, praticidade e economia de combustível, herdados da Super Cub de 1958, explicam porque a Biz é uma das motos mais vendidas do Brasil

Por Arthur Caldeira, Agência Infomoto (matéria de abril/2018 com números atualizados)

Em meados da década de 1950, Soichiro Honda queria criar um novo conceito de motocicleta. Uma moto “pequena”, tão fácil de pilotar – “que o entregador de soba (uma espécie de macarrão japonês) pudesse conduzir com uma mão só”, dizia o fundador da empresa. Além disso, deveria ser robusta o suficiente para enfrentar as péssimas estradas do Japão naquela época.

Da ideia de Soichiro nasceu, em 1958, a Super Cub, uma receita que se tornou sucesso mundial. Nesses 60 anos de história, a marca já vendeu mais de 100 milhões de unidades de diversas versões ao redor do mundo, que tinham em comum o mesmo conceito.



Entre as variações está a nossa Honda Biz, lançada em 1998 (foto acima). Apesar de contar com o conjunto motriz semelhante à Super Cub original, formado por motor horizontal, embreagem centrífuga automática e câmbio sequencial, a Biz acrescentou um “tempero” brasileiro à receita japonesa.

O Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento da Honda Brasil teve a sacada de trocar a roda traseira de 17 polegadas por outra de menor diâmetro (14’’). Dessa forma a versão nacional também ofereceria um espaço porta-objetos sob o assento. “À princípio não foi fácil fazer os japoneses entenderem nossa ideia. Eles não concebiam uma Cub com rodas de diâmetros diferentes”, relembra Ruy Nakaya, engenheiro da Honda à época e hoje aposentado.

Após muita discussão, os brasileiros provaram que sua ideia funcionava na prática. Estava criada a Biz, um dos grandes sucessos da marca no País, que já vendeu mais de 4 milhões de unidades, até novembro de 2020.

Fãs atentos

A embreagem centrífuga é automática. Não há manete para acioná-la: basta pisar no pedal para subir as marchas ou pressionar o calcanhar para reduzir. Na hora de arrancar, é só acelerar. O motor não “morre”. Os discos de embreagem se desacoplam conforme cresce o giro do motor – a mesma solução criada em 1958 que já provou sua robustez e facilidade.

O monocilíndrico de 125 cc tem bom torque (1,04 kgf.m já a 3.500 rpm) para o uso urbano, o que reduz o uso do câmbio. A potência de 9,2 cv também é suficiente para manter 90 km/h em vias mais rápidas. A proposta da Biz não é desempenho, mas economia. Nesse quesito, o consumo de 44,7 km/litro fala por si só.

Na parte ciclística, a roda de liga-leve de 17 polegadas na dianteira encara bem o asfalto ruim. Com a ajuda das suspensões macias, o piloto não sente as imperfeições do piso como nos scooters. A novidade fica por conta dos freios (a disco na frente e tambor atrás) que agora têm sistema combinado. Ao pisar no pedal do freio traseiro, o dianteiro também é acionado e proporciona frenagens às vezes até exageradas. Afinal, a Biz 125 pesa apenas 100 kg a seco.

Outras novidades

Mas se o conjunto motriz e a ciclística são praticamente as mesas desde 1998, por que a Honda chama o modelo de “nova Biz”? Na parte visual as luzes de direção estão maiores no escudo frontal e, na traseira, foram integradas de forma mais harmoniosa à lanterna. A versão de 125 cc ainda traz um inédito painel digital de fácil leitura – que conta com a indicação “Eco”, quando a forma de pilotagem está consumindo menos combustível.

Mas as mudanças mais importantes para quem usa a Biz no dia-a-dia são mesmo no transporte de objetos. O assento pode ser aberto no miolo da chave de ignição, como nos scooters. O espaço ganhou um litro a mais (22 l no total). Pode parecer pouco, mas nos modelos anteriores era preciso certa manha para encaixar um capacete integral (fechado). No novo modelo a tarefa ficou mais fácil.

Já a tomada 12 V sob o banco seria mais útil se a Honda tivesse instalado uma entrada USB – ao menos que você tenha um adaptador para carregar seu smartphone. O gancho atrás do escudo frontal também não ajuda muito: como não há uma plataforma para apoiar, as sacolas penduradas ali ficam balançando e atrapalham um pouco a pilotagem.

Praticidade e economia conquistam

Particularmente, nunca fui muito fã das motonetas, como a Biz, muito em função do seu câmbio. A ausência do manete de embreagem e o câmbio sequencial e rotativo com as marchas para baixo sempre confundem minha cabeça de motociclista, acostumado com “a primeira pra baixo e o resto pra cima”.

Entretanto, admito que é fácil gostar da Biz 125 após duas semanas rodando no trânsito de São Paulo. A praticidade do espaço sob o banco, a facilidade de pilotagem sem apertar embreagem ou sujar o calçado no pedal de câmbio também me conquistaram. Isso sem falar na economia de combustível, em tempos de gasolina custando mais de R$ 4,00 o litro.

Também revela porque a receita da Super Cub fez tanto sucesso em todo o mundo. E continua a conquistar motociclistas de todos os gêneros com ou sem experiência, mesmo mais de meio século depois.


Ficha técnica

Honda Biz 125 (Saiba mais!)

Motor: OHC, monocilíndrico, 124,9 cm³, quatro tempos, duas válvulas, arrefecimento a ar

Potência: 9,2 cv a 7.500 rpm

Torque: 1,04 kgf.m a 3.500 rpm

Diâmetro e curso: 52,4 mm x 57,9 mm

Alimentação: Injeção eletrônica

Transmissão: câmbio semi-automático 4 marchas

Partida Elétrica

Suspensão dianteira Garfo telescópico com 100 mm de curso

Suspensão traseira Sistema bichoque com 86 mm de curso.

Freio dianteiro Disco simples de 220 mm de diâmetro e CBS

Freio traseiro Tambor com 110 mm de diâmetro

Pneus 60/100-17 (D) e 80/100-14 (T)

Dimensões: 1.894 mm de comprimento, 714 mm de largura, 1.085 mm de altura

Distância entre-eixos: 1.264 mm

Distância mínima do solo: 131 mm

Altura do assento: 753 mm

Peso a seco: 100 kg

Capacidade do Tanque: 5,1 litros

Cores: Laranja, Preto ou Branco (perolizados)

Preço público sugerido: R$ 10.590  (preço base São Paulo, valor atualizado divulgado no site do fabricante)

segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

Como perder o medo e usar a moto todos os dias

Muita gente tira a CNH, compra uma moto e tem receio de usá-la para ir trabalhar, estudar ou viajar. Veja como treinar e ganhar confiança para superar o medo e ser feliz com sua motocicleta  

O que é o medo?

“O medo é um sentimento natural do ser humano, ele é importante pois está ligado ao extinto de sobrevivência” com essa frase a psicóloga Camila Ferreira, de Atibaia (SP), define um dos maiores obstáculos para que os recém-habilitados usem a motocicleta diariamente. Infelizmente não faltam exemplos de alunos que vencem as barreiras do exames teórico e prático e, quando recebem a tão sonhada CNH – Categoria “A”, não têm coragem de usar a moto. Muitos até desistem. O que é possível fazer para ajudar esses novos habilitados? O que eles podem fazer para superar o medo? 

Na maioria das vezes sentimos medo quando nos deparamos com uma situação que não dominamos. Pode ser caminhar em uma estrada escura, viajar de avião, ou mesmo, animais e insetos – nesse último caso os temores estão ligados às fobias. Vamos nos ater ao exemplo do recém-habilitado.

Segundo a psicóloga muitas vezes o medo é aflorado pelo excesso de exposição às notícias negativas, “infelizmente os acidentes ganham destaque na mídia, o recém-habilitado ainda não domina a pilotagem e acaba criando um temor exacerbado, pensando nos riscos de andar de moto”.  A profissional afirma que aumentar o conhecimento da motocicleta, seja com treinamento ou ajuda de um especialista (aulas particulares com o instrutor, por exemplo) ajudam a aumentar a confiança e superar o medo.

Treinar, treinar, treinar...


O jornalista Cicero Lima, habilitado há 40 anos, afirma que a moto faz parte do seu corpo “parece que as rodas são minhas pernas e, o guidão, meus braços, tamanha a intimidade que criei com o veículo”. Mas no começo não era assim. O comunicador ainda lembra do temor inicial em subir uma rua  “minhas mãos suavam só de pensar em encarar um rampa de moto” lembra Cicero.
Por conta disso o jornalista gravou um vídeo (clique aqui disponível Canal Revista Moto Escola) com 5 dicas para quem deseja superar esse temor. Lá ele mostra como ganhar intimidade com sua moto e usá-la no cotidiano sem medo.

                                             Passo 1 – Ruas Tranquilas



Procure rodar em ruas sossegadas, próximas à sua casa para ter noção de convivência com outros veículos e pedestres. Aproveite para treinar o uso dos freios e sinta a reação da moto ao apertar o manete ou pisar no pedal. A troca de marchas, passando para terceira, quarta, quinta e reduzindo, vai aumentar a sua intimidade com a moto e as reações do câmbio e embreagem. Por falar em embreagem, treine bastante a forma correta de sair com a moto, isso evita o risco do motor “morrer” e você ficar nervoso (ou nervosa) em meio aos outros veículos. Há, mas caso isso aconteça, não se apavore. Respire fundo, ache o neutro (ponto morto) ou aperte a embreagem para ligar a moto novamente. Olhe no retrovisor e saia com cuidado.

                                              Passo 2 – Seguindo o fluxo


Quando você estiver mais confiante comece a rodar em ruas de maior movimento, sempre seguindo o fluxo, ou seja, na mesma velocidade que os outros veículos. Não fique muito próximo ou distante dos outros carros. Se estiver mais lento, mantenha à direita, mas fique atento à sujeira, mancha de óleo e detritos que se acumulam próximo às sarjetas, se usar o freio nessas condições existe o risco de derrapagens. Acostume-se a olhar no retrovisor para perceber a aproximação de outros veículos em velocidade elevada e, se for possível, facilite a ultrapassagem.

                                               Passo 3 – Você no corredor


Uma das facilidades da motocicleta é a possibilidade de usar o corredor entre os veículos quando o trânsito está parado. Quando você estiver confiante e o trânsito parar, dê a seta olhe no retrovisor para ver se se alguma moto está se aproximando. Se tudo estiver livre entre no corredor em velocidade moderada e sempre atento a presença de pedestres atravessando entre os carros. Quando o trânsito voltar a andar, retome seu lugar no centro da faixa e siga o fluxo.  Evite usar o corredor quando o trânsito está fluindo, existe o risco de fechadas pois muitas vezes o motorista não vê a moto que está no ponto cego.

                                            Passo 4 – Usando bem os freios


Seja no corredor ou seguindo o fluxo do transito, usar o freio de forma adequada, distribuindo a força de frenagem entre a roda dianteira e traseira, aumenta o controle e diminui o espaço que a moto percorre até a parada total. Acostume-se a usar o freio dianteiro, que tem maior eficiência, associado ao traseiro, que ajuda a controlar a moto. Usar somente o freio traseiro (como a maioria dos alunos faz durante o curso prático) permite que a moto percorra um espaço maior e até derrape, podendo causar uma queda – veja no vídeo.

                                               Passo 5 – Subidas e descidas



Quem mora em cidades de região serrana deve se acostumar às reações da moto nas subidas e descidas. Controlar a moto na saída em um aclive exige o controle simultâneo da embreagem, acelerador e freio traseiro. Mas não é complicado, basta treinar para dosar o acelerador enquanto solta a embreagem e o freio traseiro ao mesmo tempo. Use marchas baixas, como a primeira, até ter controle para trocar pra a segunda, por exemplo. Se for necessário parar na subida, aperte a embreagem e use o freio traseiro para controlar a saída. Nas descidas use o freio-motor, usando a mesma marcha usada para subir, dessa forma a moto será controlada de forma mais eficiente. Saiba mais!

quarta-feira, 25 de novembro de 2020

O que significam as cores das placas de trânsito

A sinalização de trânsito é composta por placas (chamada de sinalização vertical), faixas no chão (sinalização horizontal) entre outras. A sinalização vertical é a mais comum e está presente em nossas ruas e estradas. É difícil passar por uma esquina que não tenha uma placa informando, alertando ou até impondo (ou proibindo) que você faça determinada manobra.

Além dos avisos por escrito (ou símbolos) as cores das placas também servem de orientação enquanto você estiver pilotando, dirigindo ou mesmo caminhando. Entenda o significado das cinco cores mais importantes no trânsito.


Vermelha – é melhor obedecer


Essa é a cor mais importante, pois ela é usada nas placas impositivas que informam as condições, proibições ou restrições do uso das vias. Limites de velocidade, sentido obrigatório e parada obrigatória são mandatórios, ou seja, os motoristas ou motociclistas que os desobedecerem serão multados. Nesse grupo existem cerca de 60 placas.


Amarela – fica esperto


Presente em quase 70 placas, a cor amarela também exige atenção do piloto por informar situações potencialmente perigosas. Passagem de pedestres, área de desmoronamento ou vento lateral são algumas dessas indicações. Ao ver uma placa amarela é preciso ficar atento, pois as condições da pista ou a sua volta podem ser alteradas.


Laranja – tem gente trabalhando


Embora usadas em sua maioria nas estradas, as placas laranja – geralmente acompanhadas de cones, cavaletes ou tapumes – exigem cuidado. Eles determinam desvios, velocidade, sentido de fluxo e até limitam as dimensões (e peso) dos veículos no trecho. Para os motociclistas a presença dessas placas é ainda mais importante. Na maioria dos casos, nos trechos em obras, a pista costuma ficar escorregadia aumentando o risco de quedas.


Azul – O que você precisa



Esse grupo de placa informa os serviços que o usuário da estrada encontrará pela frente. Apoio mecânico, posto de abastecimento, praças de pedágio e até pronto socorro são informados. Para quem está viajando, as placas em azul são aliadas para saber a distância ao próximo posto de gasolina, por exemplo. Junto com as azuis, as placas verdes informam quanto falta para chegar a destinos importantes ou a cidades mais próximas.


Branca – Tem agito no caminho


As placas brancas estão ligadas a atrativos turísticos, esportes e recreação ou atividades ao ar livre. Praias, parques, cachoeiras ou, também, a proximidade de áreas de exposição, pavilhão de feiras ou convenções são sinalizados com placas brancas ou marrons. Vale lembrar que esse tipo de lugar costuma reunir muitas pessoas e gerar grande fluxo de veículos exigindo maior atenção do piloto ou motorista. Texto Cicero Lima Fotos: Agência Infomoto/Divulgação

quarta-feira, 7 de outubro de 2020

O preço não é fator decisivo, quanto custam as motos mais vendidas do Brasil


Conheça as motos mais vendidas do Brasil, no acumulado entre janeiro e setembro de 2020. Os preços começam em R$ 6.700 e se aproximam do R$ 20 mil. Nem sempre as mais baratas estão no topo de vendas, mostrando que consumidor não busca somente preço na hora da sua escolha. Os dados de foram fornecidos pela Fenabrave (federação dos distribuidores das montadoras) com os números de emplacamentos em todo o País. Os valores são preços sugeridos nos sites da montadores sem o custo de frete, assim podem variar por região e concessionária.



Em primeiro lugar está a Honda CG 160 com 30.727 unidades emplacadas em setembro e o acumulado chega a 183.352 motos entre janeiro e setembro. Disponível em cinco modelos  (Cargo, Start, Fan, Titan e Titan S) a CG é o líder de vendas imbatível e os preços começam em R$ 9.630 (para a versão Start) e chegam a R$ 12.430 na Titan S, a top de linha.


No segundo lugar está a Honda Biz. Em setembro foram comercializadas 12.419 unidades dessa motoneta. O acumulado do ano é de 94.539 unidades do modelo disponível em duas versões de motorização e acabamento (a Biz 110i que tem preço inicial de R$ 8.560) e a Biz 125 que custa R$ 10.590.

Por falar em versatilidade a Honda NXR 160 Bros é a terceira moto mais vendida do País e tem como atrativo a capacidade de enfrentar qualquer tipo de terreno. Em setembro foram emplacadas 12.419 unidades e o total acumulado do ano é de 69.800 motos. Disponível em duas versões, a ESDD (R$ 13.247) e a EDSS Especial Edition avaliada em R$ 13.556.

O modelo em quarto lugar é o mais barato da Honda no Brasil: a Pop 110i que tem na simplicidade e baixo custo os principais atrativos. Custando R$ 6.706 o modelo foi o escolhido por 10.105 brasileiros e o acumulado de vendas em 2020 chega a 58.979 unidades.


Em setembro as vendas da Honda CB 250 F Twister atingiram 2.676 unidades enquanto o acumulado dessa naked chegou a 18.861 unidades, estando na quinta posição. Disponível em duas versões (ABS e CBS) os preços começam em R$ 15.075 (CBS); R$ 15.393 (CBS Special Edition); R$ 16.114 (ABS) e R$ 16.423 para a versão ABS Especial Edition. 

Na sexta posição no ranking, com venda mensal de 2.612 unidades e o acumulado de 18.373 unidades, está o scooter Honda HONDA PCX 150. Disponível em quatro opções tem preço inicial de R$ 12.710 na versão CBS e R$ 13.990 (versão ABS). A versão top de linha DLX tem preço inicial de R$ 14.410 (versão ABS) que é o mesmo preço da versão Sport. 


 A sétima colocada e a primeira Yamaha da lista, é a Fazer 250 que foi escolhida por 2.518 pilotos em setembro - o acumulado de vendas em 2020 chega a 16.625 unidades. O preço dessa Naked, oferecida em versão única e três opções de cores, é de R$ 17.490.

A street Factor 150 é a oitava colocada com 2.477 unidades vendidas em setembro e o acumulado dessa Yamaha que, em 2020, atingiu 15.275 motocicletas emplacadas. O modelo, disponível somente na versão ED UBS (freio combinados) custa R$ 11.190 e está disponível em três opções de cores. 

Outra Yamaha está em nono lugar, trata-se da todo terreno Crosser XTZ 150 que foi a escolhida por 2.318 consumidores em setembro e acumula a venda de 15.107 unidades entre janeiro e setembro de 2020. O modelo está disponível em duas versões (S por R$ 14.090) e (Z por R$ 14.290).

A décima e última da lista é a todo terreno Honda XRE 300. Foram vendidas 811 unidades em setembro e o acumulado chega a 12.370 motos emplacadas em 2020. O modelo está disponível em três versões: XRE 300 ABS (R$ 19.340); XRE 300 ABS Adventure (R$ 19.860) e a XRE 300 Rally (R$ 19.860).






segunda-feira, 28 de setembro de 2020

Honda SH 150i tem roda grande para encarar nossas ruas

O scooter Honda SH 150i tem uma série de características legais para quem procura um veículo de duas rodas para o dia a dia. Rodas de 16 polegadas, farol e lanterna de LED, freios ABS, tomada 12 Volts e sistema idling stop – que desliga automaticamente o motor em paradas mais longas, como nos semáforos, por exemplo. Outro diferencial do SH 150i é o sistema de chave “smart key”, que destrava o veículo e libera a partida, sem a necessidade de inserir a chave no contato.


Seu motor de um cilindro com 149,3 cm³, OHC (Over Head Camshaft) com duas válvulas, injeção eletrônica e refrigeração líquida. Sua potência é de 14,7 cv a 7.750 rpm e o torque máximo de 1,40 kgf.m a 6.250 rpm. Consegue sair na frente dos carros e sua velocidade máxima, no velocímetro, é de 120 km/h.

A transmissão automática continuamente variável (CVT) oferece conforto e praticidade, já que não é preciso acionar a embreagem, muito menos engatar marchas. O consumo passa dos 40 km/litros - de acordo com o estilo de pilotagem. Com tanque de 7,5 litros, pode rodar de 300 quilômetros com um tanque.


As rodas grandes (aro 16) são calçadas com pneus sem câmara nas medidas 100/80-16(D) e 120/80-16 (T). Na dianteira, o SH 150i tem garfo telescópico tradicional com 90 mm de curso. Na traseira, duplo amortecedor com 80 mm de curso e cinco ajustes na pré-carga da mola. Os freios são a disco nas duas rodas com sistema ABS de dois canais de série.

O SH 150 oferece para o capacete debaixo do banco, um gancho no escudo frontal para levar uma sacola apoiada na plataforma e um pequeno porta-objetos com tomada 12V. O bagageiro, que traz incorporadas as alças da garupa, já está preparado para suportar um baú.

O modelo conta com lanterna e farol de LED que, aliás, confere um ar bastante moderno ao scooter. O painel de instrumentos traz velocímetro, marcador de combustível e temperatura do líquido de arrefecimento e um computador de bordo que informa hodômetro total, dois parciais, consumo instantâneo e consumo médio.

No SH 150, o piloto fica com o tronco ereto e pés bem posicionados na plataforma. Os comandos são fáceis de operar e o modelo oferece soluções inteligentes, como o porta-objetos atrás do escudo que conta com o carregador 12 Volts.

O scooter está disponível em duas versões, a SH 150i nas cores vermelha e cinza (preço R$ 13.340) e a SH 150 DLX na cor preto perolizado com preço inicial de R$ 13.880 – não incluso frete e seguro. O SH 150i tem três anos de garantia sem limite de quilometragem e fornecimento de óleo em 7 revisões .

Saiba mais! https://bit.ly/36hTsGU


domingo, 27 de setembro de 2020

O que NÃO fazer no exame de moto

Os intrutores Everton e Maciel, do Canal Instrutores Online Brasil, capricharam nas dicas sobre as falta eliminatórias. Ou seja, aquela falha que os examinadores não pedoam e tê reprova direto no dia do exame para Carta de Moto. Presta atenção: 1 - O capacete tem de estar ajustado e afivelado na cabeça 2 - A viseira deve estar abaixada 3 - Errar o percurso 4 - Derrubar (ou encostar nos cones) 5 - Desequilibrar a moto 6 - Atenção ao por o pezinho (descanso lateral) 7 - Sair fora da prancha 8 - Não fazer a parada obrigatória ou passar sobre as faixas (de pedestre) 9 - Apoiar o pé no chão ao sair com a moto 10 - Apoiar o pé no chão durante o percurso (com a moto em movimento) 11 - Provocar acidente durante o exame (atropelar, cair ou colidir com a moto) 12 - Cometer falta, mesmo sem estar na ficha de avaliação, que examinador julgue ser grave, veja:

sexta-feira, 18 de setembro de 2020

Como fazer o percurso de moto na pista do Ibirapuera


No Brasil existem milhares de pistas de treinamento para quem está tirando sua carta de moto, Categoria A. Conheça uma das mais famosas da cidade de São Paulo que fica no Ibirapuera. Veja os cuidados para não ser reprovado durante o exame que também é feito nessa pista. 


quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Veja como é legal viajar de moto até Paraty


A Honda 300 XRE ficou "à vontade" nas ruas de pedras de cidade histórica de Paraty

— Tchau amor, vai com Deus!

Com a voz da minha esposa ainda ecoando no capacete subi na Honda XRE 300 com duas missões: conferir as condições da Estrada Parque Cunha-Paraty e entrevistar os aventureiros Ricardo e Daniel que foram até o Aconcágua, na Argentina. Até aí nada de mais, porém o curioso são as motos usadas na viagem: uma Shadow e uma Pop! Sou um caçador de histórias e gosto de gente que faz roteiros inusitados. Da minha casa, em Atibaia (SP), até Cunha (SP) tinha pela frente 250 quilômetros, mas daria uma esticada até Paraty, no litoral do Rio de Janeiro.

No trajeto vários tipos de estradas que seriam perfeitas para avaliar a nova XRE 300 ABS – que ganhou uma série de novidades na versão 2019, que eu ainda não havia experimentado. A nova geração vem dar uma chacoalhada na história da Honda XRE 300. A primeira geração foi lançada em 2009, sua produção começou em agosto daquele ano, já está em linha há 11 anos. Nesse período foram produzidas mais de 330 mil unidades do modelo.

Foram três abastecimentos e o consumo médio (de gasolina) ficou em 25 km/litro

— Quanto vai doutor?

Você se sente importante quando o frentista tê chama de doutor? Eu acho engraçado. Talvez seja pela imponência da XRE 300. Toda cinza fosco (quase preto), farol de LED, aquele paralama (tipo bico de pato) ajuda a encorpar o visual da moto. Ou ganhei o título de “doutor” por ser uma sexta-feira de manhã e a mala e o tripé (que uso para filmar) amarrados na bagagem denunciaram que meu destino era a estrada? Para a maioria das pessoas, todos que viajam de moto numa sexta estão curtindo, nem pensam que ele pode estar trabalhando – que era o meu caso.

— Completa com gasolina, por favor!

Embora a moto seja flex, eu prefiro gasolina que oferece maior autonomia. Enquanto pensava nas perguntas que faria para os aventureiros, o frentista alertou que o tanque encheu “até a boca” – capacidade para 13,8 litros de capacidade. O consumo médio da viagem foi de 25 km/litro com uma autonomia projetada de 340 quilômetros.

Peguei a Fernão Dias, com o guidão rumando para a luz do sol, vamos para o leste. Basta entrar na estrada que o motor da XRE 300, mostra seu entusiasmo. Com um cilindro (291,6 cc de capacidade), atinge 25,4 cavalos a 7.500 giros. Na prática significa que você tem “motor” para ultrapassar os caminhões sem muita preocupação com os carros.

Percorremos desde as rápidas auto-pistas até pacatas estradas no alto da serra de Cunha

Ela acelera de 80 a 120 km/h – pulando dos 5.000 para os 7.000 giros em pouco mais de 10 segundos. Sua velocidade de cruzeiro, que achei bem legal, é nos 110 km/h quando se anda junto com o fluxo, com o motor na marca dos 6.500 giros.

Bastam alguns quilômetros para piscar a seta para a direita e pegar a Rodovia D. Pedro I e ficar nessa estrada entediante até o final. Uma das poucas coisas legais da D. Pedro são as pontes sobre as represas. O céu azul e a água brilhando moldurada pelas montanhas deixam qualquer viajante feliz. Mantendo 120 km/h no velocímetro chego no primeiro pedágio e lá se vão R$ 4,75. Ainda teria pela frente pedágios na Ayton Senna e Dutra, sendo o mais caro de R$ 7,60 em Moreira Cesar (Norte), na Via Dutra.

Rapidão

Sempre tomo cuidado ao apoiar os pés nas paradas das cabines de pedágios. A chance de haver manchas de óleo é grande. Com a altura do banco de 86 cm, a XRE pede habilidade do piloto nessas condições, se o pé escorregar é chão na certa. Olho no retrovisor e não vem ninguém atrás. É o tempo de tirar a luva, entregar o dinheiro e pegar o troco o mais rápido possível. Não gosto de ficar parado nas cabines dos pedágios, infelizmente as colisões traseiras são comuns nesses lugares. Basta ver as marcas nas paredes e as vigas de proteção que as empresas instalam para proteger os caixas.

OK, o pedágio é chato (e caro) mas as estradas são verdadeiros tapetes. Ao deixar a D. Pedro entrei na Carvalho Pinto. Sempre com o sol na cara – rumando para o leste – em alguns trechos tirava tudo do motor da XRE. Se quisesse conseguiria superar os 140 km/h nas descidas enquanto nas subidas ela mantinha os 120 km/h sem reclamar. Enquanto o motor trabalha em quinta marcha na casa dos 6.500 giros, há como seria bom ter a sexta marcha nessa moto…

Novo modelo ganhou farol de LED e para lama "bico de pato", ficou mais imponente

Fui idiota

A medida que o sol fica mais alto no céu, a temperatura aumenta. Apesar de estar no meio do inverno, olho no relógio do painel para conferir as horas. Pouco mais de 10 horas e a jaqueta de cordura já está incomodando. Que inverno é esse? Os pneus Metzeler Enduro 3 literalmente “cantam” no asfalto quente da Ayrton Senna, enquanto divido a pistas com SUV´s descoladas e rápidas, alguns carros com a prancha amarrada no rack denunciam que estão em busca das ondas do litoral norte.

A postura na XRE permite viajar com as costas retas e a única coisa que incomoda é o equipamento de filmagem que transporto na mochila. Aqui vai um conselho: nunca se renda a tentação de carregar máquinas fotográficas, filmadoras e smartphones amarrados na bagagem da moto. A intensa oscilação danifica os frágeis componentes eletrônicos, aprendi isso da pior maneira – cheguei no local para fotografar e a máquina não funcionou. Além de perder a entrevista, passei por idiota (pra dizer a verdade, eu fui!).

Dutra, aqui vamos nós!

Em pouco tempo, a XRE entra na maior avenida do mundo, a Rodovia Presidente Dutra. É assim que eu chamo essa importante estrada que liga São Paulo ao Rio de Janeiro, sempre cheia de carros, caminhões, ciclistas, pedestres é uma verdadeira avenida passando por cidades importantes e movimentas. O intenso vai e vem pede atenção redobrada e as fechadas são comuns. Por vezes o motorista do caminhão não quer perder o embalo e invade a sua pista.

Na maioria das vezes é uma atitude previsível, basta perceber a velocidade do caminhão enquanto ele se aproxima do outro veiculo que está a sua frente. Lógico que ele não vai perder o embalo, por conta de uma moto que está chegando. Cabe ao piloto da moto ficar atento e reduzir a velocidade. Se for necessária uma frenagem mais forte, no caso da XRE os freios (disco de 256 mm na frente e, 220 mm (atrás), dão conta do recado. Se a frenagem for de emergência o sistema ABS, aquele que impede que as rodas travem, está lá para dar tranquilidade. Por sorte (e atenção) foram pouco utilizados na viagem.

Sistema de freio ABS evita o travamento das rodas nas frenagens de emergência

Vai na fé

Passei por Aparecida, fiz o sinal da cruz, e já me preparava para acessar a entrada para Cunha. É uma mudança interessante. Em apenas alguns momentos você deixa para trás a estrada mais movimentada do Brasil e entra num túnel do tempo. A pacata rodovia SP-171 liga Guaratinguetá a Cunha é uma daquelas estradas gostosas de pilotar. Ela passa por pequenas propriedades onde é possível ver que a vida segue mais calma. Porteiras velhas, Fuscas nas garagens e animais pastando calmamente são emoldurados pela viseira do capacete. Às margens da SP-171 o marco da Estrada Real – que servia para escoar a produção de ouro entre Minas e o porto, em Paraty.

É possível contornas as curvas enquanto o sistema de suspensão faz o seu trabalho, nos poucos desníveis ou pequenos buracos, a dianteira absorve facilmente graças ao garfo com 245 mm de curso – na traseira o sistema Pró-link (monoamortecedor) oferece 225 mm. Prá dizer a verdade, achava até um exagero usar uma on-off para esse percurso – mais lá na frente iria precisar (e muito) dessa suspensão, espera que já tê conto.

A única parada foi pertinho Cunha. Já tinha rodado mais de 200 km e as “partes baixas” começavam a se manifestar enquanto as pernas imploravam uma caminhada. Café com leite, pão de queijo, um quindim e a garrafa de água e pronto. Meu café-almoço no Tudo da Roça, que custou R$ 32, me permitia seguir até noite sem abastecer a barriga. Tinha muita coisa para fazer. Por R$ 90 me hospedei no Recando dos Pássaros. Atrás do chalé, o mugido dos bois parecia dizer “relaxa” você chegou nas montanhas de Cunha.

Banco largo e práticas alças para fixar bagagens são ideias para viagens

Lição de vida

Com calma preparei meu equipamento e fui para a entrevista com os aventureiros que moram em Cunha. Foram quase três horas de descobertas, boas histórias e uma visão diferente sobre a vida que o experiente Ricardo e seu filho Daniel me transmitiram. Parte dessa aventura está na edição 535 da Revista Duas Rodas e outra parte estará no meu Canal Trajetos e Destinos. Daniel é despojado de conforto e consegue viajar por um mês gastando apenas 200 dólares pedalando o dia inteiro e dormindo em lugares remotos. Enquanto ouvia e filmávamos, ainda tivemos a chance de experimentar um delicioso bolo de cenoura (feito pelo Daniel) e tomar um café. Em meio a “prosa” os sons das galinhas, cabrito e os cachorros marcavam presença no áudio da entrevista. Foi muito legal!!!

Enquanto o sol começava a se esconder era a hora de voltar para o chalé e testar a iluminação do farol com LED, uma das novidades da Honda XRE 300. Posso dizer que achei bem eficiente, naquela rodovia quase não passam carros e a estrada da pousada se resume a uma trilha larga no meio do mato. Graças ao facho branco foi fácil achar, até chegar no chalé é necessário descer um trecho de terra – enquanto o cão de guarda latia com vontade – atravessar a ponte de madeira e subir uma rampa bem íngreme. Aqui o torque do motor, 2,76 Kmg.f a 6.000 giros – foi um bom aliado. Só por a marcha certa que a moto sobe sem sustos e com muita confiança.


Tá com pressa? Esqueça

Feliz pelo resultado da entrevista, estava ansioso para abastecer a moto, conferir o consumo e descer até Paraty para fazer a segunda matéria da viagem. Dei um passeio na cidade em busca de uma boa janta. “Bati” aquele prato feito, com tudo que tinha direito: arroz, feijão, fritas, linguiça, farofa, cupim nossa, tanta coisa que mal cabia no prato que custou R$ 20. Mas valeu a pena. Dormi o sono dos justos, pensando na Estrada Parque, até Paraty…

Prendi a bolsa e o tripé usando uma aranha e um esticador fixados nos ganchos do bagageiro. Prá uma moto que se diz “aventureira”, lugares para fixar bagagens são essenciais e, na XRE, eles não faltam.



Deixando Cunha, em direção a Paraty, são quase 40 quilômetros de uma estrada fantástica. Ela sobe e desce e suas curvas, que eram abertas e poderiam ser feitas tranquilamente a 80 km/h, se tornam fechadas e pedem reduções de marchas. Elas serpenteiam as montanhas e beiram precipícios protegidos por guard-rails. Lembre-se, você deixa Cunha que está a 1.100 metros de altitude e vai para a praia, ao nível do mar. Para isso é preciso descer muito…

O sábado estava fantástico. A estrada, que estava vazia na sexta, recebeu muitos turistas e motociclistas exigindo um pouco mais de atenção. Ao chegar na divisa entre São Paulo Rio de Janeiro a Estrada Parque, que cruza o Parque Nacional da Bocaina, ganha o nome de RJ 165. Além do novo nome, a estrada cruza uma parte intocada da Mata Atlântica, recebeu pavimento de lajotas e permite contemplar a beleza da fauna e da flora do lugar. Em alguns lugares há passarelas para a travessia de macacos e outros animais selvagens. Além de curtir o visual, rodar devagar reduziu o consumo médio para 35 km/litro, uma surpresa legal!!!

Estrada Parque Cunha-Paraty, o melhor é curtir o visual e reduzir a velocidade, o visual compensa

Ao fim da estrada o turista se depara com um curioso farol na ponte de madeira que tem espaço para apenas um veículo, o farol controla o fluxo de quem sobe e desce. Apesar das obras de pavimentação, a estrada sofre com a queda de barreiras e é bem estreita, pedindo velocidade baixa e cuidado com galhos e folhas - que estão sempre no chão. A descida é feita em quase uma hora e a estrada passa pela periferia da Paray, muitos pedestres, turistas e cachorros exigem atenção constante. Lombadas, mal sinalizadas, vão dar alguns sustos em quem gosta de acelerar forte.

Há, mais um aviso, essa é uma estrada parque e seu uso não é recomendado a noite e podem haver barreiras policiais impedindo o acesso. O mais recomendado é usar a rodovia Oswaldo Cruz (SP-125), que liga Taubaté e Ubatuba.

Pedras lisas

Ao chegar em Paraty, pela estada Parque, fui tomado por uma certa nostalgia. Já havia passado por ela no começo dos anos 2.000 fazendo um comparativo entre a Yamaha Fazer 250 e a Honda CB 250 Twister – junto com o Arthur Caldeira, para a Revista Duas Rodas. Lembro das dificuldades em superar a lama e as pedras naquela descida desafiadora – mas era o único caminho entre Cunha e Paraty e muito usado pelos moradores, o que justificou nossa viagem-teste naquela época.

Paraty continua linda e recebendo muitos turistas. Boa parte dessa gente ansiosa e de sorriso aberto embarca no portinho da cidade para conhecer as ilhas na Baia de Paraty. Muitos deles se depararam com a minha Honda XRE que contrastava com os barcos coloridos que balançavam freneticamente ao sabor do vento. Precisava fazer uma foto e gravar o vídeo contando sobre a viagem.

Até chegar naquele local pus a prova a minha habilidade em enfrentar terrenos lisos. As pedras seculares de Paraty são polidas há muitos anos por rodas de carroças, patas de animais, pés humanos e rodas de automóveis. Pilotar em Paraty é legal para quem gosta de desafios. As mãos balançam enquanto a suspensão da moto faz o seu trabalho, subindo e descendo a cada pedra.


Além das pedras, a maré sempre sobe e alaga algumas ruas próxima ao porto, e foi numa dessas que agradeci por estar com a XRE 300E. Em determinado momento tinha que decidir entre voltar ou enfrentar a enchente. Como a altura mínima do solo da XRE é de 259 mm, bastou ficar em pé na pedaleira e manter a aceleração para superar a água. Mas confesso que fiquei com medo de cair. Lembre-se estava com todo o equipamento nas costas e tinha uma multidão de turistas olhando para aquela moto enfrentando a maré. Foram alguns segundos de travessia, mas tomei cuidado para equilibrar os 148 kg (a seco) da XRE e chegar no porto.

Feitas as fotos e a filmagem para o canal, subi na moto e voltei para Atibaia. Estava bastante feliz pela minha viagem de quase 700 quilômetros. A Honda XRE 300, que tem preço de R$ 19.147 (sem frete), se mostrou valente e uma ótima companheira de aventuras, as fotos e as imagens provam que nos divertimos bastante. Se você conhecer bem Paraty sugiro contratar um guia pela página do Facebook: clique aquiou pelo Whattsapp (24) 99907-7454, com a Sibele.

Nota da Redação: Esse material também foi publicado, em primeira mão, no Portal R7, no site MinutoMotor.


terça-feira, 16 de junho de 2020

Bonita e descolada a Honda PCX 2020 faz sucesso

Andar de scooter é mais fácil do que de motocicleta. Veja as diferenças e confira as vantagens para quem está tirando  "Carta de Moto" ou precisa deixar o carro na garagem

São mais de 15 modelos à disposição no Brasil, entre eles o Honda PCX que é o mais vendido
Vamos falar um pouco do novo queridinho do brasileiro – o scooter. Muito comum na Europa e Ásia, aos poucos faz sucesso no Brasil. Atualmente existem quase 15 modelos à venda no País, eles têm motorização entre 115 e 750 cc e se destinam a deslocamentos nas cidades e até grandes viagens e aventuras, ou seja: tem scooter para todas as necessidades e desejos.
Para mostrar a praticidade, itens de conforto, tecnologia, enfim, às vantagens em relação às motos, vamos usar como exemplo a linha Honda PCX. Esse é o modelo campeão de vendas e, por conta disso, o mais visto em nossas ruas. Confira o vídeo abaixo e leia a matéria, você vai se surpreender.

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Comandos em ação

Os pés apoiados nas plataformas enquanto as mãos operam apenas os freios e o acelerador
O acionamento dos comandos do scooter é muito fácil do que nas motos. No scooter só é necessário usar as mãos – para acelerar e usar os freios (na mão esquerda está o freio traseiro, na mão direita o freio dianteiro).
 Na motocicleta o piloto tem que usar os pés e as mãos.  Com a mão direita acelera e freia, com a mão esquerda aciona o manete de embreagem. Os pés também são exigidos, o pé direito aciona o freio de trás enquanto e o pé esquerdo troca de marchas.
Na moto, o piloto vai montado como se estivesse sobre um cavalo – para subir tem que passar as pernas sobre o banco. No scooter basta chegar e sentar, mesmo os modelos que tem túnel central – como a PCX – é muito fácil se acomodar no banco que está a pouco mais de 70 cm do solo.
Os pés do piloto vão acomodados no assoalho com os joelhos dobrados – como se fosse um sofá. Ainda pode dar uma relaxada e esticar as pernas enquanto pilota.

Proteção contra frio e chuva

Os pés e as pernas são protegidos do frio, chuva e sujeira pelo escudo frontal, os calçados permanecem limpos
Os scooter são muito populares na Europa por conta da proteção que o escudo frontal e o para-brisa oferecem o piloto e sua roupa. Tais equipamentos ajudam a manter os pés e pernas livres da poeira, garoa e do frio. Também evita que a sujeira do chão respingue nas roupas.
Diferentemente do que ocorre nas motos, os calçados de quem usa scooter também são protegidos e não de desgastam na parte superior devido constante troca de marchas.
Na maioria dos scooters não falta espaço para levar seus pertences. Embaixo do banco é possível guardar o capacete, capa de chuva, luvas e até uma mochila pequena. Na moto, é preciso adquirir um bauleto para ter esse conforto. Além do espaço sob o banco, os scooters oferecem porta objetos atrás do escudo frontal.

Mãos sempre limpas
O sistema mecânico é lacrado e o piloto não precisa fazer manutenção, apenas verificar o nível de óleo


A moto exige constante atenção do seu dono com a manutenção de alguns equipamentos, entre eles o tal conjunto de relação – composto pela coroa, corrente e pinhão leva o movimento do motor para a roda.  Para ter maior durabilidade e segurança é preciso limpar, lubrificar e regular o conjunto em curtos períodos de tempo. Quem relaxar com o conjunto de relação vai gastar mais dinheiro com sua troca e ainda pode sofrer um acidente – caso a corrente quebre ou “salte” fora da coroa ou do pinhão.
Não existe esse risco no scooter que usa câmbio “tipo CVT”. A força do motor é transmitida por correia e polias. O sistema fica lacrado e não necessita de regulagens constantes, sua manutenção é feita nas revisões. A troca do sistema deve ser feita a cada 24.000 km rodados segundo o Manual do Proprietário.

Amigo do planeta

O sistema idling stop desliga o motor sempre que o scooter estiver parado, para sair basta acelerar
No caso da Honda PCX, usada como exemplo, o motor de 149,3 cc consome pouca gasolina. O sistema de injeção eletrônica controla a quantidade de combustível enviada para o motor, ou seja: só gasta o necessário. Como não existe troca de marchas, o funcionamento do motor é linear resultando num veículo econômico que pode fazer tranquilamente 35 km/litro, claro que depende da forma de pilotagem. Há, no tanque cabem 8 litros e para abastecer basta abrir uma tampa que protege o bocal (veja na foto ao lado).
Esse modelo Honda possui o sistema idling stop que desliga o motor sempre que o scooter parar por três segundos. Para sair, basta acelerar sem se preocupar pois o motor liga sozinho. Além de mais economia o sistema é amigo do planeta e diminui a emissão de gases para a atmosfera.

Quanto corre?

O Honda PCX atinge a velocidade máxima de 115 km/h e permite viagens curtas sem problemas
Há essa pergunta sempre surge quando se fala de scooter. No caso do PCX – que tem potência máxima de para 13,2 cv a 8.500 rpm e torque de 1,38 kgf.m a 5.000 giros – ele atinge 115 km/h. Com isso é capaz de encarar uma viagem curta ou mesmo rodar em avenidas de trânsito rápido sem problemas. Vale lembrar que muita gente mora numa cidade e trabalha em outra.

Itens de conforto

O chaveiro smart key "conversa" à distância com o PCX e permite ligar o motor sem estar no contato
Os scooters herdaram muitas mordomias dos automóveis. Além do sistema idling stop (leia mais no capítulo sobre consumo), a chave smart key – um chaveiro de presença que não precisa ficar no contato. Basta estar no bolsa ou na mochila que o scooter “entende” que pode funcionar e todos os sistemas estão liberados – como ligar o motor, abrir o banco ou o bocal de abastecimento.
A mordomia se completa com a saída 12V para carregar os aparelhos eletrônicos como smartphone ou aparelho GPS, o sistema de iluminação full-LED. Enquanto roda com o scooter o piloto acompanha tudo pelo painel totalmente digital. Alguns desses itens são impensáveis nas motos ou disponíveis apenas nos modelos de luxo.

Freios inteligentes

No sistema ABS a roda dianteira "conversa" com a roda de trás, se for travar ele alivia o freio e permite maior controle 
Outra herança que veio do mundo dos automóveis é o sistema de freio a disco equipados com sistema ABS. Esse tal de ABS significa (antilock braking system), um sistema que evita o travamento da roda e permite maior controle em frenagens de emergência. Para isso, um sensor lê a velocidade das rodas e, ao perceber que a roda pode travar, alivia a pressão sobre o sistema. A versão de entrada do PCX oferece o sistema CBS que distribui a força de frenagem entre a roda traseira e dianteira, sempre que o piloto acionar somente o freio de trás.

Pneus sem câmara

Se furar é possível consertar o pneu (sem câmara) sem tirar a roda, basta apoiar no cavalete para fazer o serviço
Os pneus podem ser comparados com os “sapatos” de todos os tipos de veículos, pois são eles que fazem a ligação do carro ou moto com o solo e garantem estabilidade, conforto e controle nas condições mais adversas – como nos dias chuvosos. Os pneus evoluíram bastante e hoje os pneus sem câmara são comuns nos carros e também nos scooters que usam rodas de liga.
Além de mais modernos que os pneus com câmara – ainda comuns em boa parte das motocicletas que usam rodas raiadas. Uma vantagem do pneus sem câmara você percebe numa necessidade. Ao passar em um prego, por exemplo, ele murcha mais devagar e o conserto é mais fácil, sem a necessidade de tirar a roda.

Entendeu agora?

Com esses atributos é fácil perceber os motivos que leva tanta gente a escolher o scooter como o primeiro veículo. Sua praticidade e facilidade de condução o tornam um forte aliado para quem necessita se deslocar e não quer se preocupar com manutenção, consumo de combustível ou ficar carregando mochilas nas costas – o scooter faz isso para você!!!!

segunda-feira, 8 de junho de 2020

ProTork se manifesta sobre incêndio

Veja a nota oficial da ProTork, o maior fabricante de equipamentos e acessórios da América Latina, sobre o incêndio ocorrido na manhã dessa segunda-feira.

"A ProTork comunica que na manhã desta segunda-feira, dia 8 de junho, um incêndio atingiu uma de suas oito unidades na cidade de Siqueira Campos (PR). Os bombeiros e brigada da própria empresa foram imediatamente acionados e nenhum funcionário ficou ferido.

O galpão responsável pela produção de equipamentos off road, como roupas e botas, foi tomado pelo fogo por volta das 6h30, sendo provavelmente causado por um curto circuito. As atividades no local foram suspensas, sem previsão de retomada, porém, as demais fábricas seguem em pleno funcionamento.

A Pro Tork é a maior fábrica de peças e acessórios para motocicletas da América Latina e também a líder mundial em capacetes, exportando para mais de 60 países. Sua história teve início em 1987 com a fabricação de escapamentos de forma artesanal. Atualmente seu catálogo conta com mais de 40.000 itens."

A nota é assinada pela jornalista Daniela Burgonovo, responsável pela comunicação da  ProTork.



sexta-feira, 5 de junho de 2020

Dicas para cuidar da transmissão do scooter


Scooter tem câmbio automático e motociclista não tem necessidade de fazer qualquer regulagem. Cuidados incluem revisões periódicas no prazo e evitar abusos nas arrancadas 

Basta acelerar e andar, espaço para transportes de objetos e muita economia de combustível são alguns atrativos dos scooters. Características que fizeram muita gente optar por esses simpáticos veículos para se locomover no dia a dia ou até mesmo em viagens. 
Embora sejam práticos, os scooters têm peculiaridades que exigem atenção dos seus donos. Uma delas é o sistema de transmissão final. O conjunto, conhecido como CVT (transmissão continuamente variável) é composto por correia, roletes e polias que levam a força do motor para as rodas e controlam a aceleração. Tudo isso sem que o piloto tenha que se preocupar em acionar a embreagem ou trocar as marchas.
Por ser automático, muitas vezes a manutenção do sistema de transmissão não recebe a devida atenção do proprietário. Porém é bom estar atento aos prazos estipulados para a manutenção e substituição de componentes e também é bom não forçar o sistema. Consultamos o mecânico Marcelo de Souza, da concessionária Tsuji Honda, de Atibaia (SP), que nos passou algumas dicas para cuidar da transmissão do seu scooter.

1 – Limpou tá novo

Um dos trabalhos mais importantes na revisão do scooter (no caso do PCX, a partir da revisão dos 12.000 km) é a verificação e limpeza do sistema de transmissão “nos retiramos o pó que se acumula oriundo do desgaste das sapatas da embreagem, esse pó se aloja na correia e acelera seu desgaste”, explica o Marcelo de Souza. O mecânico ainda acrescenta que é importante fazer as revisões na quilometragem estipulada no manual do proprietário.

2 – Velocidade caiu, tem que trocar

Um dos sintomas que o conjunto de transmissão está com problemas é a redução da velocidade máxima do scooter. O PCX, por exemplo, atinge 120 km/h, porém com o desgaste do conjunto, sua velocidade máxima diminui para 110 km/h e depois se limita a 100 km/h. Segundo o mecânico esse é um típico sintoma do desgaste das polias dianteiras que já estão “marcadas”. Quando isso acontecer, leve seu scooter para a concessionária ou mecânico de confiança para realizar a substituição da correia, polias e roletes.

3 – Não força que é pior

Arrancadas rápidas nas saídas de semáforo ou tentar empinar com o scooter aceleram o desgaste do conjunto de transmissão. Para ter maior durabilidade o ideal é acelerar de forma progressiva e linear, com isso, além de maior durabilidade do sistema – que no caso do PCX chega aos 24.000 km rodados –, você gasta menos combustível e também polui menos.

4 – Barulhinho ruim

Alguns barulhos também são indicadores de necessidade de manutenção. Um bastante comum vem do rolamento da polia traseira quando o scooter está parado e some ao acelerar. Ele indica a necessidade de substituição do componente. Outro que também é bem comum é um assobio ao sair com o scooter ou retomadas de aceleração. Ele é sintoma de sujeira no conjunto que deve ser aberto e limpo.

5 – Nunca deixe para lá

Deixar de fazer a manutenção preventiva do sistema pode gerar grandes dores de cabeça e prejuízo. A correria, por exemplo, pode se romper após 24.000 km rodados. Dependendo da situação, além do risco de acidente, o piloto pode ficar na rua por sua própria culpa. A troca da correia, polias e roletes tem o custo aproximado de R$ 800 (em média).