quinta-feira, 15 de março de 2012

Câmbio manual para agradar a todos, afinal o cliente tem sempre razão


Ao acionar o pedal de embreagem do novo Honda CR-V senti algo estranho no ar. Engatar a primeira marcha, soltar o pedal tomando cuidado para o carro não morrer... Isso foi estranho, muito estranho. Todo aquele luxo e imponência e uma alavanca de câmbio não combinam, para mim o Honda CR-V é um carro classudo demais para ter pedal de embreagem.
Tudo por culpa dessa gente teimosa que insiste em dizer “carro tem que ter câmbio manual, quero sentir o carro na mão”. Gente que nunca conviveu com o câmbio automático e até aqueles que conhecem mas são teimosos por natureza: não gosto, não gosto e não gosto! OK vocês venceram. 
Por culpa de vocês lá estava eu avaliando o Honda CR-V que agora traz a opção do câmbio mecânico, “para agradar uma minoria” segundo a engenharia da Honda.
Na minha opinião equipar o novo CR-V com câmbio manual é um retrocesso. Justamente agora que o modelo dá adeus ao título de SUV para assumir ares de crossover devido ao conforto, espaço interno e dirigibilidade. Justamente agora que ele chega a sua quarta geração e enterra de vez seu passado de “jipe”. Resumindo, usar câmbio mecânico é como entrar no túnel do tempo em direção as versões do século passado.
A nova CR-V tem a missão de manter a liderança e começa na versão LX 4x2 que será a porta de entrada para o mundo do crossover Honda e custará R$ 84.700 já no topo está a ELX 4x4 avaliada em R$ 103.200. 
Mas cá entre nós: pagar quase 85 mil em um carro de câmbio manual é muita teimosia.  Tá certo que gosto não se discute, em alguns casos a gente lamenta!

domingo, 11 de março de 2012

Golpistas atacam idosos na Fernão Dias, avise seus parentes



Nas manhãs de quinta-feira a Fernão Dias é praticamente uma avenida na altura de Guarulhos, pertinho de São Paulo. Entre os carros e caminhões que disputam cada metro de asfalto, um casal de idosos segue sua rotina voltando para São Paulo. Felizes haviam alimentados os cachorros lá da chácara e logo estariam em casa.
De repente um barulho alto na lataria faz o senhor parar o carro. Seria uma batida, atropelou um animal? Dentro do carro sua esposa reza para que nada tenha acontecido, o que seria muita sorte depois do susto.
Em uma fração de segundo surge um pedestre gritando que o carro estava soltando fumaça. “Abra o capô, rápido está pegando fogo!”. Quando o capô é aberto um princípio de incêndio é debelado, graças a atitude gentil do até então desconhecido.
Em meio a confusão de caminhões, carros, buzinas, fumaça e motos descobre-se que o problema poderia ser pior. Mas bastava ligar para a companhia de seguro e tudo seria resolvido.
O desconhecido fala seu nome e pede para a senhora ficar calma, ele chamará a companhia de seguro.  Em poucos minutos surge o mecânico da seguradora. Uniforme impecável, atencioso e portador de péssimas notícias:
“Outro caso do Gol, está se tornando rotina a Centralina quando queima pode incendiar o carro, o senhor teve sorte”.
Enquanto isso o gentil desconhecido, diz que precisa ir embora por conta de um compromisso. Leva com ele as palavras de agradecimento da senhora por sua atenção “graças a Deus o senhor estava passando, muito obrigado mesmo”.
Enquanto isso o mecânico liga para a concessionária para cotar o valor da peça. “É um roubo o que esses fabricantes fazem, cobrar R$ 5 mil por uma Centralina eletrônica. A peça está fora da garantia, e eu não posso fazer nada.”
Começa então um embate para resolver a situação. Mas o mecânico “por sorte” encontra a peça em meio a sua mala de ferramentas. Cobra um preço mais baixo e arruma o carro pela metade do valor, incluindo o preço da mão de obra.
Preciso receber em dinheiro informa ele, a peça pertence a companhia “tenho que compra-la para devolver ao estoque ainda hoje, posso até perder o emprego”.
Para facilitar as coisas acompanha o casal até o banco onde recebe o dinheiro sacado na boca do caixa. Por fim dá um conselho: “Meu senhor, cuidado ao rodar por estradas de terra esse defeito é mais comum em carros que costumam rodar nesse tipo de piso. Em todo caso fique com meu telefone, tenha um bom dia”.
Em pouco tempo o casal já está de volta a sua rotina. Fecham o portão e entram em casa, o  senhor olha para o carro, pragueja contra o fabricante, estufa o peito e diz que velho Fusca era um carrão. “Olha o prejuízo que esse carro novo cheio de frescura me deu”. Mal sabia ele que era tudo um golpe...
Escutei esse relato de uma atendente do posto da Auto Pista Fernão Dias na Vila Galvão. Segundo ela as reclamações são diárias sobre os golpes na região e a polícia já busca um jeito de encontrar os bandidos.
Os golpistas seguem os carros com idosos e usam todos os truques para persuadir as vítimas. Até casais com crianças passam ao lado e avisam que o carro da vítima está com problemas, soltando fumaça, a roda está balançando etc... Os mais astutos chegam a jogar um objeto de borracha no carro, o barulho é grande e não deixa marcas.
Quando a vítima estaciona para ver o que aconteceu surge, como por encanto, um bom samaritano. Não é um golpe novo, mas a forma de aplicá-lo ganhou contornos de espetáculo envolvendo vários atores.
Os bandidos parecem ter feito escola de teatro, tamanha a capacidade de envolver as vítimas na encenação. Por fim surge o “mecânico” com roupa da seguradora e completa o assalto sem armas. Segundo a atendente da Auto Pista Fernão Dias as vítimas preferidas são os casais de idosos.
No golpe, além do dinheiro das vítimas, os bandidos roubam a fé das pessoas. Tomará que a senhora e seu esposo jamais descubram que foram vítimas de um golpe. Saber que aquele moço educado e prestativo, na verdade era um bandido. Para eles será um golpe muito duro, um golpe que poderia roubar a Fé que até então eles tinham nas pessoas.

sábado, 10 de março de 2012

Ela dirige muito melhor que você! Duvida?



Março é o mês das mulheres, por isso gostaria de homenagear uma em especial. Está vendo essa senhora? Ela merece destaque pela sua coragem e habilidade na hora de dirigir em qualquer tipo de terreno. É a francesa Michèle Mouton que mudou a história dos carros de rali e fez história no campeonato mundial da modalidade o WRC (World Rally Championship)

Em 1981 conquistou sua primeira vitória pilotando um Audi Quattro durante o Rali de San Remo. Michèle foi a primeira e única mulher a vencer uma etapa.  Em 1982 ela repetiu o feito em Portugal e na Grécia. No mesmo ano ela foi a vencedora no Brasil.
Além da vitória de uma mulher outro fator mudou a história da competição: a chegada dos carros com tração 4 x 4.  O modelo Audi Quattro foi o divisor de águas na modalidade. Mas isso é outra história, o mais importante foram as vitórias de Michèle, acompanhada por Fabrizia Pons, em agosto desse ano completam 31 anos. Por isso é bom respeitar motoristas de cabelos longos, óculos e jeitão de professora, elas podem nos dar boas lições em qualquer terreno.