sábado, 28 de janeiro de 2012

Você não gosta de mim, mas sua filha gosta!

O título é uma ironia com os machões de plantão. Levanta a mão quem acha que lugar de mulher é pilotando fogão ou tanque de lavar roupa? Mais uma pergunta: e quem acha que scooter é coisa de mulher. Entre os motociclistas puristas, para não dizer fanáticos, scooter não é moto. Talvez eles tenham até razão, mas vivemos um tempo de mudanças e a mulherada adotou o scooter como opção de transporte. Muitos homens também usam scooter, afinal o veículo é prático, econômico e tem porta objetos debaixo do banco. Lá cabe a capa de chuva, capacete, bolsa, lap-top, bota e até a bola para o sagrado futebol de final de semana.
Se você precisa fazer deslocamentos urbanos existem opções entre 110 a 650 cc a venda no Brasil. Eles têm a missão de facilitar nossa vida e para isso são equipados com câmbio CVT e o único trabalho do piloto é acelerar e frear. Coisa de preguiçoso, mas é muito bom. A mesma mordomia do carro de câmbio automático, sem stress de mudar de marcha apertar embreagem...
Entre os scooter disponíveis no Brasil o mais vendido é o Honda Lead 110. Em 2011 foram comercializadas perto de 21 mil unidades e mais de 40% é destinado ao público feminino. O Lead usa injeção eletrônica de combustível e poder rodar mais de 40 km com um litro de gasolina. Usa roda de 12 polegadas, freios combinados e freio de estacionamento. Seu preço novo é de R$ 5.690 e o barato entre os usados foi de R$ 4.000.
Apesar da pouca potência (atinge no máximo 80 km/h) é necessário ter a Carteira de Habilitação Categoria “A” para pilotá-lo. Na verdade, tirar a Habilitação essa é a parte mais chata para quem pretende usar o scooter e mudar de vida. Cerca de 40% das pessoas que compra uma moto ou scooter querem se livrar do transporte público e congestionamentos. Com tanta versatilidade e argumentos a seu favor, mais uma vez uso a letra da música Jorge Maravilha (de Chico Buarque) para aclamar a versatilidade do scooter “você não gosta de mim, mas sua filha gosta”. Quer você queira, ou não!

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Uma estradeira sem medo de curvas

Tá com vontade de comprar uma moto que não é muito cara, oferece desempenho e não tê faz passar vergonha na estrada ou quando chega no encontro de motos? Se você curte modelos custom, também conhecidos como estradeiras, a Suzuki Marauder 800 é uma opção interessante. O modelo chegou ao Brasil em 1998 e saiu de linha em 2005, mas é possível encontrar muitas em excelente estado de conservação.
Uma Marauder usada está cotada entre R$ 15 mil e R$ 20 mil, por esse valor você encontrará vários atrativos. Prá começar o motorzão de dois cilindros em V de 805 cc. Ele fala grosso e oferece potencia para viajar a 150 km/h sem problemas, se quiser ela supera essa velocidade, mas a pilotagem fica desconfortável. Como na maioria das motos custom o piloto viaja de cara para o vento.
O indicado nesse tipo de moto é desfrutar do prazer de viajar, mas quem gosta de curvas vai se divertir muito com essa Suzuki. Sua suspensão dianteira invertida é a prova que ela tem “espirito esportivo”. Fora isso os pneus 150 na traseira e 130 na dianteira com desenho esportivo pedem curvas mais arrojadas, é preciso um pouco de cuidado para não lixar as pedaleiras em curvas mais ousadas.Design moderno, bom gosto na distribuição dos cromados, rodas de liga leve com desenho esportivo completam os atrativos dessa Suzuki que fez sucesso no Brasil e no mundo.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Você quer uma Mercedes C 180? Bota uma coisa na sua cabeça

No post anterior falamos da paixão que os carros importados exercem sobre os motoristas acostumados aos veículos nacionais. Entre esses carros que dominam nossos sonhos está o Mercedes C 180. O modelo pode ser considerado a porta de entrada no mundo da Estrela, ele traz conforto, elegância, economia e excelente acabamento.
Em uma pesquisa no site webmotors é possível encontrar dezenas de ofertas do C 180 com preços variando entre R$ 20.000 e R$ 44.900 para modelos fabricados entre 1994 e 2002. Mas um detalhe gera curiosidade: se o carro é tão bom porque seus donos rodaram tão pouco? Vale explicar: em 63 carros ofertados mais da metade (para ser exato 47) haviam rodado menos de 100.000 km. Lembre-se que são carros com, no mínimo, uma década de fabricação.
Segundo o gerente de pós-venda de uma concessionária da marca não é difícil encontrar Mercedes com baixa quilometragem “Naquela época a Mercedes era o terceiro carro da casa, usado apenas para viagens ou eventos sociais de fim de semana”.
Mas dá para confiar no odometro?
Se o carro estiver alinhado e com aparência que rodou pouco, o proprietário apresentar o Manual com os carimbos da revisão pode confiar. Mas se o estado geral não estiver de acordo com a quilometragem informada, é indicado levar para a certificação na concessionária. Lá será feita a leitura, via computador, de uma “caixa preta” do carro. O odometro, onde está registrado a quilometragem percorrida pelo carro, pode até ser adulterado, mas os dados da caixa preta jamais.
E quanto custa?
Por esse serviço é cobrado uma hora de serviço (entre R$ 150 e 350) dependendo da concessionária.
Muitos proprietários perderam a chave reserva, como resolver?
Ela já pode ser confeccionada no país, a Mercedes liberou o Brasil e África do Sul que compraram os softwares e estão em condições de produzir a chave reserva que custa pouco mais de R$ 1.000. Mas a concessionária exige os documentos originais do carro ou uma procuração autorizando a confecção da chave.
Por parecer muita complicação, mas se você comprar uma Mercedes, mesmo que seja uma C 180 1994 por R$ 25 mil, tem o direito de entrar no Clube da Estrela, com seus direitos e deveres. Entre os direitos estão o conforto, segurança e status. Entre os deveres está a necessidade de zelar pela manutenção, fugir do “jeitinho” ou "gambiarra" e pagar mais caro pelas peças em relação aos carros nacionais.

domingo, 22 de janeiro de 2012

A emoção que a razão inveja


Talvez a psiquiatria possa explicar a fascinação de alguns carros e motos sobre as pessoas. Parece uma maldição que persegue e quando se percebe a bobagem está feita, o carro foi comprado, já está na garagem. Surge uma mistura de alegria infantil com o arrependimento por comprar um mico, uma compra irracional.
O caminho é comum a muita gente e foi, em parte, disseminado pela internet com os clubes virtuais, fóruns e blogs dedicados a determinados modelos. Começa assim: o sujeito tem simpatia por determinado carro ou moto, fica olhando na rua e dizendo para si "ainda vou ter um desse". Pronto! Já começou a confusão e a briga entre a razão e a emoção terá vários rounds. Um namoro sem compromisso tem início pela internet nos sites de classificados. Geralmente os carrões importados são fascinantes pelo número de equipamentos, o luxo e a potência do motor. Na frente da tela só temos olhos para as vantagens, acabamento primoroso, controle de tração, sete air-bags... Isso sim que é carro!!!
Começa um jogo entre o cérebro e o coração, razão e emoção. Você sabe que terá um monte de problemas se comprar o "carrão" importado, mas e sensação de ter um desses na garagem para curtir na hora que quiser? Isso não vale nada? Sim, quem já experimentou sabe o quanto é legal realizar um sonho, satisfazer o desejo. Mesmo que seja contra tudo e contra todos (geralmente sua esposa, noiva e namorada - elas têm ciúmes dos nossos carros). Agora vem a fase mais perigosa: você encontra um Fórum de donos do carro que você deseja. BMW; Mercedes; Jaguar; Subaru; Mitsubishi... A lista é enorme tão grande quanto a fascinação dessas marcas. Para ilustrar escolhi um Jaguar X-Tipe 1996 (ja imaginou um desse na sua garagem? Eu já!)
Por fim você se credencia no clube ou fórum e não tem mais volta. Todo mundo acha o carro maravilhoso, nunca dá problema, é só alegria. Na seção de classificados comenta-se que determinado carro pertencia a fulano que cuidava como se fosse um filho. Pronto, você foi fisgado, agora terá abrigo e carinho para realizar seu sonho. Ao contrário da sua mulher, mãe, irmão ou pai que vai falar na sua cara que fez uma bobagem o pessoal do Fórum dará parabéns e que seja bem vindo. Você se sentirá importante, um guerreiro com sua armadura de aço e gasolina, amigo de todo mundo e começará a postar suas experiências (boas ou ruins) com seu novo carro.
Passado algum tempo você cairá na real, perceberá que fez uma besteira e tentará vender o carro, ai descobrirá porque ele foi tão barato ninguém com juízo quer um carro desse. Ou se "casará" com ele e ganhará um hobby delicioso capaz de consumir horas deliciosas na garagem ou na internet convencendo outras pessoas a realizar seus sonhos. Isso aconteceu comigo quando comprei um Ford Taurus GL 95, depois me desfiz do carro, mas até hoje sinto saudades e não me arrependo da loucura. Mas quer um conselho, se não quer se envolver com um desses carrões fique longe dos fóruns ou clubes virtuais.

Pode ser popular, mas deve ser bonito


Com a chegada do March às suas concessionárias, em agosto de 2011, a japonesa Nissan partiu para um universo desconhecido. Com esse modelo a Nissan foi a primeira entre os fabricantes nipônicos a oferecer um carro a preço "popular" no Brasil.
A julgar pelos números o modelo cumpre seu papel. Até o final do ano passado foram emplacadas 6.939 unidades. O total de emplacamentos é fornecido pela FENABRAVE, associação que representa as concessionárias, é um ótimo termômetro para avaliar a aceitação de determinado modelo. Até a primeira quinzena de janeiro mais 1.029 Nissan March ganharam lugar na garagem de um brasileiro que experimentava a novidade.
Com preços variando entre R$ 26.590 (versão 1.0 16 válvulas) a R$ 35.590 (motor 1.6 também 16 V) o compacto já superou em vendas mensais os franceses Renault Clio e Peugeot 207, modelos já conhecidos pelo consumidor.
Após analisar os números optei por navegar em sites e fóruns para pesquisar o nível de satisfação dos usuários do modelo. Na grande maioria o destaque negativo fica para o espaço reduzido no porta-malas. Porém não faltam elogios design, economia, acabamento...
Parece que o consumidor sempre busca algo exclusivo e quer um carro bonito para sair do lugar-comum mesmo nos carros de entrada, também conhecidos como populares.

sábado, 21 de janeiro de 2012

Esperar o novo ou economizar na compra?



A cada ano a indústria renova seus modelos. Em alguns casos os ganhos em tecnologia, conforto e segurança parecem não justificar que o carro seja chamado de nova versão. Em meio a campanhas publicitárias o consumidor se vê em dúvida: compro o modelo atual que está com desconto ou espero a chegada do novo e pago o preço atualizado?
Essa dúvida pode estar pairando na cabeça de quem planeja comprar o Honda CVR. Todos sabemos que o novo modelo chega ainda no início de 2012 (foto ao lado) e vem recheado de novidades, é um novo carro. O bom para o consumidor é a opção de comprar o modelo atual com um desconto interessante. Na versão 4x4(top de linha) é possível encontrá-lo por R$ 89.000 contra o preço de tabela de R$ 97.380. Mas vale a pena?
O primeiro temor é perder valor de revenda. Fiz uma pesquisa com o preço de usados e os números mostram que o CRV se mantém valorizado até mesmo quando muda sua versão. Porém essa diferença entre as versões se equipara com o passar dos anos, por isso é um bom negócio para quem vai ficar um tempo razoável com o carro.
Se você está interessado no carro, respire fundo e parta para o desafio contra vendedores e gerentes de concessionárias. Em uma rápida pesquisa encontrei o CRV entre R$ 93.000 e R$ 89.000. O melhor preço foi na Norte Vel da Vila Guilherme. Bons negócios!
Cicero Lima