O consumidor brasileiro tem mais de vinte modelos a disposição se estiver disposto a gastar até R$ 10 mil para comprar uma moto. Com tantas opções, podem surgir dúvidas sobre qual a melhor opção para ter na garagem. Para ajudar na decisão escolhemos seis modelos de diferentes estilos que oferecem bom custo/benefício. Levamos em consideração os equipamentos de cada modelo em comparação às concorrentes e, claro, seu preço.
Motoneta - Honda Pop 110 - R$ 5.598
A Pop 110i é um dos veículos de duas rodas mais baratos do Brasil – e o mais em conta no line-up da Honda. Criada para ser um meio de transporte robusto e econômico, a Pop 110i faz até 43 km/litro na cidade. Como seu tanque tem 4,2 litros de capacidade, pode-se rodar até 180 km sem abastecer.
Equipada com motor de 110 cc, alimentado por injeção eletrônica, a Pop tem 7,9 cv de potência e 0,90 kgf.m de torque. Em função de sua proposta de ser mais acessível, só tem partida a pedal e os freios são a tambor.
Mas, por outro lado, a Pop é leve (87 kg a seco) e fácil de pilotar. Seu câmbio tem quatro marchas, como na Biz, mas é preciso acionar a embreagem para fazer as trocas. Apesar dos números modestos, a Pop se mostra muito valente em regiões como o Nordeste. Lá essa motoneta popular é vista transportando até quatro pessoas em seu grande banco.
Scooter - Haojue Lindy 125 - R$ 6.965
Praticidade e espaço para pequenos objetos são fortes argumentos de vendas do Haojue Lindy, o scooter mais barato do Brasil. O espaço sob o banco é bem reduzido e cabe apenas um capacete bem pequeno, porém o fabricante oferece um baú grátis, que resolver o problema de transporte de objetos.
O motor de 125 cc, alimentado por carburador, tem potência de 8,4 cv e torque de 0,92 kgf. Equipado com câmbio automático (CVT), é fácil de pilotar: basta acelerar. O consumo de gasolina divulgado pela marca é de 35 km/litro, com tanque de 5,5 litros sua autonomia é restrita a 150 km/litro.
Equipado com rodas pequenas – de 10 polegadas – exige cuidado em ruas esburacadas. O sistema de freio usa disco na dianteira e tambor na traseira, que são suficientes para parar os 110 kg em ordem de marcha do scooter chinês. Apesar de ser um bom negócio, o Lindy fica devendo desempenho para pegar estrada e um sistema de freios mais eficiente.
Street até 125 cc – Yamaha Factor 125i - R$ 8.090
Quem precisa de uma moto street robusta com tanque de grande capacidade e não se preocupa tanto com desempenho, a Yamaha Factor 125 é uma boa opção. A lista de equipamentos de série que facilitam a vida do motociclista é extensa. Para começar o freio a disco na dianteira, que garante frenagens mais eficientes, assim como as rodas de liga leve que dispensam manutenção e ainda podem usar pneus sem câmara – que são mais práticos e seguros em caso de furo. O painel totalmente digital completa a lista de “luxos” do modelo.
O motor de 125 cc tem 11 cv de potência máxima e 1,1 kgf.m de torque (abastecido com gasolina). O propulsor usa injeção eletrônica de combustível e pode ser abastecido com etanol ou gasolina. Por falar em abastecimento, o consumo da Factor 125 chegou a 46 km/litro em nosso teste. Graças a seu tanque de 15,7 litros ela pode superar os 700 km de autonomia.
Street acima de 150cc – Honda CG 160 Fan - R$ 9.035
A eficiência do sistema de freio e a possibilidade de viajar com a moto podem ser fatores de decisão para a compra de uma street de 150cc ou mais. Nessa categoria, o melhor negócio é a Honda CG 160 Fan, que traz disco na dianteira e sistema de freios CBS (Combined Brake System). O sistema distribui a força de frenagem entre as duas rodas, caso o piloto acione somente o freio traseiro. Mas outras características dessa CG influenciaram em nossa indicação. As rodas de liga e os pneus sem câmara foram um deles, assim como o painel digital com conta-giros.
O motor de 162,7 cc atinge a potência máxima de 14,9 cv e o torque é de 1,4 kgf.m, números que permitem viajar a 110 km/h sem esforçar o motor, bastando usar o câmbio de cinco marchas que tem engates suaves e preciosos. Seu motor é flex, bebe gasolina ou etanol, e o consumo em nosso teste foi de 35 km/litro. Com seu tanque de 16,1 litros é capaz de superar os 550 km de autonomia.
Custom – Dafra Horizon 150 - R$ 9.390
Quem gosta das custom, mas está limitado pelo orçamento, tem na Dafra Horizon 150 a opção para desfilar com uma moto charmosa e fácil de pilotar. Imponente, o visual da Horizon remete aos modelos maiores como a Harley-Davison 883 R, de quem herdou o visual. Seu motor de 149 cc ainda é alimentado por carburador e produz 12,8 cv de potência máxima e torque de 1,39 kgf.m. A mini-custom tem câmbio de cinco marchas. O tanque de 14 litros oferece autonomia superior a 400 km – já que seu consumo médio é de 30 km/litro.
Um dos destaques dessa pequena custom é a facilidade de pilotagem. Seu banco fica a apenas 72 cm do solo, permitindo que pessoas de menor estatura apoiem facilmente os pés no chão. Freio a disco na dianteira, rodas de liga leve e pneus largos (3.00 na dianteira e 130/90 na traseira) ajudam a “encorpar” seu visual. Repleta de cromados que se sobressaem na pintura preto fosco, Dafra Horizon tem até Sissy Bar (encosto para garupa) e guidão alto e largo – acessórios dignos de uma custom.
Trail - Honda NXR 160 Bros - R$ 10.241
Embora nossa ideia era limitar as escolhas até R$ 10 mil, julgamos interessante incluir uma trail. E nesse segmento, o modelo mais em conta é a versão de entrada da NXR 160 Bros. Com suspensões de longo curso (180 mm, na frente, e 125 mm, atrás), a trail é ideal para quem tem de encarar estradas de terra. As rodas, de 19 polegadas na dianteira e 17 na traseira, são calçadas com pneus de uso misto e freios a tambor – por isso ela é a única trail nessa faixa de preço.
Sua versatilidade credencia a Bros 160 para ser uma companheira na área rural. E, assim como sua concorrente Yamaha Crosser, que custa a partir de R$ 11.390, pode ser comprada com subsídios para as famílias cadastradas no programa Pronaf Mais Alimentos.
Seu tanque de combustível tem capacidade para 12 litros, mas só pode ser abastecido com gasolina. O consumo urbano da Bros 160 foi de 35 km/litro projetando uma autonomia de 440 km. O motor de 162,7 cm³ usa câmbio de cinco marchas e atinge a potência máxima de 14,7 cv e torque de 1,6 kgf.m, números que permitem um bom desempenho também na estrada.