Ao acionar o pedal de embreagem do novo Honda CR-V senti
algo estranho no ar. Engatar a primeira marcha, soltar o pedal tomando cuidado
para o carro não morrer... Isso foi estranho, muito estranho. Todo aquele luxo
e imponência e uma alavanca de câmbio não combinam, para mim o Honda CR-V é um
carro classudo demais para ter pedal de embreagem.
Tudo por culpa dessa gente teimosa que insiste em dizer “carro
tem que ter câmbio manual, quero sentir o carro na mão”. Gente que nunca conviveu
com o câmbio automático e até aqueles que conhecem mas são teimosos por
natureza: não gosto, não gosto e não gosto! OK vocês venceram.
Por culpa de
vocês lá estava eu avaliando o Honda CR-V que agora traz a opção do câmbio
mecânico, “para agradar uma minoria” segundo a engenharia da Honda.
Na minha opinião equipar o novo CR-V com câmbio manual é um
retrocesso. Justamente agora que o modelo dá adeus ao título de SUV para
assumir ares de crossover devido ao conforto, espaço interno e dirigibilidade. Justamente agora que ele chega a sua quarta geração e enterra de vez seu passado de “jipe”. Resumindo, usar câmbio mecânico é como entrar no túnel do
tempo em direção as versões do século passado.
A nova CR-V tem a missão de manter a liderança e começa na versão LX 4x2 que será a porta de entrada para o mundo do
crossover Honda e custará R$ 84.700 já no topo está a ELX 4x4 avaliada em R$ 103.200.
Mas cá entre nós: pagar quase 85 mil em um
carro de câmbio manual é muita teimosia. Tá certo que gosto não se discute, em alguns casos a gente lamenta!