Mostrando postagens com marcador direção perigosa. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador direção perigosa. Mostrar todas as postagens

domingo, 19 de agosto de 2012

Sim, eu sou um dedo-duro e tenho motivos para isso

Trecho sinuoso da Fernão Dias, próximo a São Paulo,
muitos acidentes ocorrem por excesso de velocidade 
Quarta-Feira passada descia a serra na Fernão Dias no sentido São Paulo, estava de scooter a cerca de 90 km/h. No trecho sinuoso onde ficam os radares notei uma carreta na faixa da esquerda ultrapassando os carros de forma perigosa.
Fui para a faixa do meio e, para garantir, joguei ainda mais para a direita. Quando percebi o enorme caminhão passou a poucos centímetros do scooter, foi um susto enorme.
O motorista voltou para a esquerda e continuou dirigindo de forma agressiva e perigosa, mesmo com a minha experiência e os 400 cc do meu Burgman foi difícil acompanhá-lo. Ele encostava na traseira dos carros e forçava-os a dar passagem, numa atitude irresponsável e assassina.
Para minha sorte no trecho com um leve aclive, pouco antes de Guarulhos, avistei uma viatura da Polícia Rodoviária, emparelhei ao lado. levantei a viseira do capacete e gritei: "você não acredita o que aquele cara esta fazendo, dirigindo como um louco!".
Não acreditei que o policial tomasse uma atitude, afinal o caminhão estava devagar - embora na pista da esquerda - ainda assim o inspetor perguntou qual caminhão. Eu gritei: aquele vermelho!
A viatura passou a segui-lo e, quando começou a descida, o caminhão estava a mais de 150 km/h na esquerda e dirigindo como um alucinado. Tentei acompanhar a perseguição mas o scooter não conseguia. Uma imensa mancha de poeira levantava ao lado da mureta central da estrada - que nesse trecho tem quatro faixa - enquanto a viatura ligava a sirene ordenando que parasse. Finalmente o motorista obedeceu a ordem de parar. 
Passei devagar e buzinei para a viatura, o inspetor fez sinal de positivo enquanto descia para autuar o motorista. Olhei para o "profissional do volante" e vi sua expressão de ódio e perplexidade, pois sabia que estava ferrado.
Antes que você me julgue, não me considero um dedo-duro ou cagueta e sim um cidadão que cumpriu seu dever. Digo isso pois meu amigo Ulysses no Natal de 2007 perdeu sua esposa em um acidente com provocado por um caminhão. A estrada estava congestionada e o caminhão veio em alta velocidade e não conseguiu brecar passando por cima do seu carro. Sua esposa Marta faleceu na hora, Ulysses ficou entre a vida e a morte, amargou seis meses de internação já que fraturou a bacia e sofreu diversas perfurações no intestino e nos pulmões. 
Se alguém tivesse avisado a polícia que havia um caminhão fazendo barbaridades na estrada, talvez Marta ainda estivesse viva ao lado do marido e vendo sua filha crescer.