terça-feira, 25 de junho de 2019

É fácil perder a garantia da sua moto

Além de não fazer as revisões no prazo determinado, outras ações permitem ao fabricante cancelar a garantia; conheça
Instalação de acessórios, lampadas especiais e alarmes pode comprometer a garantia da moto
Um dos principais atrativos ao comprar uma moto “zero quilômetro” é a garantia oferecida pelo fabricante. Graças a ela o consumidor está coberto em caso de problemas de fabricação ou peças defeituosas. Honda e Yamaha oferecem três anos de garantia, sem limite de quilometragem e, em alguns modelos como a XTZ 250 Lander ABS, a garantia chega a quatro anos.
Além da extensão da garantia, a quilometragem limite para realizar as revisões na concessionária também varia de modelo para modelo. A melhor fonte para se informar nesse caso é o Manual do Proprietário.
O Manual também informa as condições da garantia e os casos em que ela pode ser cancelada. Muita gente não sabe que, se a moto participar de competições, transportar peso excessivo ou mesmo receber determinados acessórios, a garantia pode não valer mais. Veja alguns exemplos de atitudes que podem fazer você perder a garantia da sua moto nova.

1 – Revisões no prazo

Para manter a garantia é obrigatório que os serviços (e revisões) sejam feitos nas concessionárias
A revisão por quilometragem percorrida pode ser 10% a mais ou a menos, ou seja: a revisão de 1.000 km pode ser feita aos 900 ou aos 1.100 km. Já a revisão de 6.000 km pode ser feita dos 5.400 km até os 6.600. Acima disso, a tolerância é de 600 km para todas as revisões. Além dos limites de quilometragem, o fabricante estipula prazo para as revisões. Muita gente faz a primeira revisão (de 1.000 km) e, como usa pouco sua moto, se esquece de fazer a revisão de 6.000 km no período estipulado. 
As tolerâncias são curtas e as concessionárias não têm a obrigação de avisar ao cliente que o prazo de revisão está chegando ao fim. Ou seja, fique atento, se perder o prazo perdeu a garantia. Alterar o hodômetro também é motivo para perder a garantia da sua moto.

2 – Disputar competições

Participar de competições ou fazer manobras ousadas com a moto também cancela a garantia da moto
Participar de competições ou demonstrações também cancela automaticamente a garantia da moto. Se o concessionário perceber, por meio de desgastes de componentes, que houve uma pilotagem excessivamente agressiva ou a prática de manobras do tipo wheeling ou RL, por exemplo, a garantia também pode ser cancelada. Transportar carga além do limite da moto ou puxar reboque também são motivos que cancelam a garantia.

3 - Fique longe da água

Contato com a água salgada pode danificar a moto e perder a garantia
Atravessar enchentes, alagamentos ou transitar pela praia podem causar problemas e deixam marcas na moto. Se a concessionária notar que a moto está com defeito por conta desse tipo de situação ou foi atacada pela maresia, por exposição à água salgada, a garantia também pode ser cancelada. O mesmo procedimento é adotado caso a moto seja lavada com jato de alta pressão ou com o uso de produtos químicos abrasivos.

4 – Rede credenciada

Todos os serviços mecânicos devem ser feitos na concessionária, por isso alguns parafusos são marcados para conferência posterior. Se as marcas estiverem violadas o fabricante cancela a garantia. Outro detalhe, se retirar a peça defeituosa e levar na concessionária a garantia também não terá mais validade. Em caso de defeito ou problema na moto nova, ela deve ser levada à concessionária. Não tente “fuçar” na sua moto, pelo menos enquanto ela for zero e estiver na garantia.

5 - Acessórios & bateria

Instalar acessórios como faróis de milha, lâmpada de LED e alarmes podem levar a perda de garantia da moto. No Manual da Yamaha, por exemplo, o fabricante alerta que até mesmo acessórios instalados na própria concessionária podem cancelar a garantia. Por falar em itens elétricos, a Honda informa que a bateria tem um ano de garantia, já a Yamaha oferece 90 dias para o mesmo componente.

sábado, 1 de junho de 2019

Se liga nas diferenças entre motos com freios CBS e ABS

Durante a frenagem é importante usar o freio da frente e o de trás, as motos com freios combinados já fazem esse trabalho sem o motociclista saber. Se ele pisar no pedal do freio traseiro o sistema aciona também o freio da frente
Por lei, todas as motos fabricadas no País a partir deste ano devem ter um sistema auxiliar de freios, que pode ser ABS ou combinado. Conheça o funcionamento e a diferença entre eles
O piloto se depara com uma emergência e aciona o freio da sua moto. Em instantes um sistema auxiliar de frenagem entra em ação. Se a motocicleta tiver motor maior do que 300 cc, o sistema é o antitravamento (ABS), enquanto nas motos menores pode ser o sistema de freios combinados, que distribui a força de frenagem entre as rodas. A lei, que entrou em vigor neste ano, exige que todas as motos fabricadas a partir de 2019 tenham freios mais seguros. O objetivo é reduzir o número de acidentes com motocicletas.
A Honda batizou seu sistema de freios combinados de CBS, da sigla, em inglês, Combined Braking System. Já a Yamaha adotou a nomenclatura UBS, de Unified Braking System (sistema de freios unificados). Mas, no fundo o propósito é o mesmo. A questão é que muitos motociclistas nem sabem que seu veículo de duas rodas vem equipado com um sistema de freio auxiliar.
A assistente Larissa Dela Moura, 22 anos, que recentemente comprou um Honda Elite 125 para ir ao trabalho e depois para a faculdade em Atibaia (SP), admite não conhecer o sistema. “Eu não conhecia o CBS e não sei como funciona” afirmou a estudante recém-habilitada.
Para os motociclistas iniciantes que têm menos experiência o sistema de freios combinados ajuda a parar a moto com mais segurança. Um aparato mecânico ou hidráulico (via cabos ou mangueiras) distribui a força de frenagem entre as duas rodas. Sempre que o piloto acionar o freio traseiro, o sistema também aciona o freio dianteiro, sem a interferência do piloto. O resultado é uma frenagem em menor espaço e com maior controle quando comparada a frenagem exclusivamente com a roda traseira.

ABS exige experiência

Já o freio ABS, sigla de Anti-lock Braking System (sistema de freios antitravamento), é mais sofisticado. O sistema é capaz de interpretar se há ou não o risco de a roda travar durante uma frenagem mais forte. Para isso há sensores que monitoram os movimentos das duas rodas por meio de pequenos discos instalados junto ao cubo. Se o sensor perceber que existe a possibilidade de travamento, o sistema alivia a pressão no cilindro. Isso impede uma derrapagem e permite maior controle da moto em uma situação de emergência.
Apesar de mais avançado e tecnológico, o sistema ABS exige que o piloto use corretamente os dois freios ao mesmo tempo e saiba dosar a pressão entre o freio da frente e o de trás. “Se o piloto usar apenas o freio traseiro, o ABS permitirá que a moto percorra uma distância maior até a parada total, aumentando o risco de acidentes”, afirma o engenheiro Alfredo Guedes Jr, assessor técnico da Honda.
O erro de usar apenas o freio traseiro, comum entre os motociclistas menos experientes, é fruto de uma formação deficiente durante o processo de habilitação. Segundo Alfredo, “no processo de habilitação, o aluno é orientado a usar apenas o freio traseiro”.
Infelizmente, os números comprovam que o equívoco na formação se mantém mesmo após o processo de habilitação. A associação dos fabricantes da indústria de duas rodas (Abraciclo) promove em todo o Brasil um check-up onde analisa – por amostragem – os problemas mecânicos das motos que rodam em nossas ruas. Em quase 50 mil motos analisadas, a maioria apresentava desgaste maior no freio traseiro (30%, contra 25% do freio dianteiro). Isso comprava que o motociclista brasileiro não usa os freios da forma correta, ou seja, usando ambos, dianteiro e traseiro, porém com mais intensidade no da frente e não o traseiro.

Saiba um pouco mais

Freios combinados – como o próprio nome diz, o sistema “combina” a frenagem nas rodas dianteira e traseira. O sistema hidráulico ou mecânico distribui a frenagem para a roda dianteira, quando o motociclista pisa apenas no pedal de freio traseiro. O objetivo é corrigir o “vício” de muitos motociclistas que não usam o manete do freio dianteiro com medo de “capotar” com a moto.
Mais “barato”, o CBS ou UBS é obrigatório em modelos abaixo de 300cc e geralmente adotado em motos mais populares, como a Honda Pop 110i (como na foto ao lado) , a Yamaha Neo, entre outros.

Freios ABS – o funcionamento do sistema é bem diferente do CBS, apesar do nome parecido. O sistema antitravamento deixa os freios funcionarem independentemente, mas evita que as rodas travem em uma frenagem mais brusca. Sensores medem a velocidade das rodas e enviam informações a uma central eletrônica. Ao detectar diferença grande entre a velocidade das rodas, o que significaria o princípio de travamento das rodas, o sistema alivia a pressão hidráulica nos freios evitando uma derrapagem. E voltaria a aplicar a pressão até que a diferença de velocidade entre as duas rodas caísse. Isso tudo acontece em milissegundos.
Mais sofisticado e caro, o ABS geralmente equipa motos maiores, mas já está sendo adotado em modelos como o scooter Yamaha NMax, a Fazer 250 e a nova Lander 250. A Honda também oferece o sistema na nova geração do PCX 150 e em modelos com a CB 250F Twister (foto acima) e a XRE 300. 

sexta-feira, 17 de maio de 2019

Seu scooter está devagar? Pode ser a transmissão

Scooter tem câmbio automático e motociclista não tem necessidade de fazer qualquer regulagem. Cuidados incluem revisões periódicas no prazo e evitar abusos nas arrancadas
Basta acelerar e andar, espaço para transportes de objetos e muita economia de combustível são alguns atrativos dos scooters. Características que fizeram muita gente optar por esses simpáticos veículos para se locomoveram no dia a dia ou até mesmo em viagens. Prova disso é a constante evolução dos números de vendas, que cresceram 15,3% no ano passado, e chegou a 67.183 unidades emplacadas.
Embora sejam práticos, os scooters têm peculiaridades que exigem atenção dos seus donos. Uma delas é o sistema de transmissão final. O conjunto, conhecido como CVT (transmissão continuamente variável) é composto por correia, roletes e polias que levam a força do motor para as rodas e controlam a aceleração. Tudo isso sem que o piloto tenha que se preocupar em acionar a embreagem ou trocar as marchas. Veja como funciona:

Os especialistas 



Por ser automático, muitas vezes a manutenção do sistema de transmissão não recebe a devida atenção do proprietário. “Muitos têm dúvidas sobre os prazos de verificação e substituição de peças, pois não olham o Manual” ressalta o mecânico Olavo Dias Júnior, da concessionária SRT, Osasco (SP) ele também lembra que alterações em busca de maior performance também condenam o sistema de transmissão final.
A receita é simples, fique atento aos prazos estipulados para a manutenção e substituição de componentes e também é bom não forçar o sistema. Consultamos o mecânico Marcelo de Souza, da concessionária Tsuji Honda, de Atibaia (SP) (à direita), que nos passou seis dicas fundamentais para cuidar da transmissão do seu scooter. Usamos o Honda PCX como exemplo por ser o mais vendido do Brasil. Veja vídeo.

1 – Limpou tá novo

Um dos trabalhos mais importantes na revisão do scooter (no caso do PCX, a partir da revisão dos 12.000 km) é a verificação e limpeza do sistema de transmissão “nos retiramos o pó que se acumula oriundo do desgaste das sapatas da embreagem, esse pó se aloja na correia e acelera seu desgaste”, explica o Marcelo de Souza. O mecânico ainda acrescenta que é importante fazer as revisões na quilometragem estipulada no manual do proprietário.


2 – Velocidade caiu, tem que trocar

Um dos sintomas que o conjunto de transmissão está com problemas é a redução da velocidade máxima do scooter. O PCX, por exemplo, atinge 120 km/h, porém com o desgaste do conjunto, sua velocidade máxima diminui para 110 km/h e depois se limita a 100 km/h. Segundo o mecânico esse é um típico sintoma do desgaste das polias dianteiras que já estão “marcadas”. Quando isso acontecer, leve seu scooter para a concessionária ou mecânico de confiança para realizar a substituição da correia, polias e roletes.

3 – Não força que é pior

Ficar parado em rampas ou subida e "segurar" o scooter no acelerador, assim como arrancadas rápidas nas saídas de semáforo ou tentar empinar aceleram o desgaste do conjunto de transmissão. Para ter maior durabilidade o ideal é acelerar de forma progressiva e linear, com isso, além de maior durabilidade do sistema – que no caso do PCX chega aos 24.000 km rodados –, você gasta menos combustível e também polui menos.


4 – Barulhinho ruim


Alguns barulhos também são indicadores de necessidade de manutenção. Um bastante comum vem do rolamento da polia traseira quando o scooter está parado e some ao acelerar. Ele indica a necessidade de substituição do componente. Outro que também é bem comum é um assobio ao sair com o scooter ou retomadas de aceleração. Ele é sintoma de sujeira no conjunto que deve ser aberto e limpo.

5 - Evite as enchentes

Os donos de scooters devem tomar cuidado com o nível da água em lugares alagado. Além do risco ao motor e escapamento, os scooters usam câmbio do tipo automático – conhecido como CVT. Se o componente ficar abaixo da linha da água a caixa de engrenagem será afetada assim como o óleo será contaminado com lama. Rodar com o scooter nessas condições pode comprometer todo o conjunto do câmbio e causar um grande prejuízo.

 

6 – Nunca deixe para lá

Deixar de fazer a manutenção preventiva do sistema pode gerar grandes dores de cabeça e prejuízo. A correria, por exemplo, pode se romper após 24.000 km rodados. Dependendo da situação, além do risco de acidente, o piloto pode ficar na rua por sua própria culpa. A troca da correia, polias e roletes tem o custo aproximado de R$ 800 (em média).

quarta-feira, 15 de maio de 2019

Cuidado com as armadilhas das cidades

foto: Kenji Sampa

“Eu caibo dentro do buraco”, conta o motociclista Luiz Cané (foto acima) antes de reclamar junto a Prefeitura de São Paulo e alertar para o perigo do buraco. Para provar, ele entrou no vão no asfalto e fez uma foto. Logo depois a Sabesp fechou a cratera que ficava na Avenida Giovanni Gronchi, zona sul da capital paulista.
A matéria saiu no UOL, leia aqui
Em outra situação o mesmo motociclista encontrou um bueiro sem tampa na Avenida Celso Garcia, na Zona Leste de São Paulo. Com uma sinalização precária o buraco já estava lá há um bom tempo. “Pelo menos três meses”, garante Cané.
Esses são apenas alguns exemplos das “armadilhas” que você pode encontrar pelo caminho. Para ajudá-lo a se precaver confira essa lista com cinco situações comuns que podem derrubar sua moto.

A feira é livre, você não

Apenas em São Paulo, a cada dia, milhares de feirantes montam suas barracas em mais de 170 feiras livres que acontecem na capital. Um frenético vai e vem de mercadorias pode esconder um perigo para as motos: as frutas e a sujeira que ficam pelo chão podem fazer a moto perder a aderência e cair. Outro problema é a presença de pregos e pedaços de arame (que são retirados das caixas) que podem furar o pneu da moto. O ideal é evitar passar pelas ruas nos dias de feira (mesmo que o local tenha sido lavado) para evitar tais riscos.

Flores no asfalto

Em certas épocas do ano, dependendo da região, é comum que ruas e avenidas arborizadas fiquem repletas de flores e frutas caídas no chão. Embora pareçam inofensivas, em caso de chuvas, esses restos deixam o chão muito liso. Ao rodar perto dessas árvores, principalmente em dias chuvosos, fique atento e use o freio e acelerador com moderação. O cuidado deve ser ainda maior em ruas de paralelepípedos que são mais escorregadias. Recentemente uma reportagem na televisão mostrou vários motociclistas caindo sob um pé de jamelão, um tipo de fruta, logo após uma chuva em Goiânia (GO). Veja o vídeo

Tampa de bueiro

Um verdadeiro perigo na vida de quem mora nas cidades, pequenas ou grandes, são as tampas de bueiros. Quando estão mal encaixadas causam o transtorno do barulho ou podem até cortar o pneu da moto ou do carro. Mas o pior mesmo são bueiros “destampados”, pois, infelizmente, roubos de tampas são cada vez mais comuns. Sem a tampa o buraco se torna praticamente invisível (principalmente à noite) e o risco de acidentes graves é muito maior. Ao passar sobre o buraco a roda da moto é engolida pelo buraco e o motociclista é projetado à frente. As consequências podem ser muito graves. Recentemente foi postada uma foto da Avenida Brasil, no Rio de Janeiro (RJ), com um bueiro sem tampa na faixa da esquerda.
Por falar em tampa, outro risco para os motociclistas são as grades ou grelhas em aço que tampam obras ou mesmo galerias. Procure visualizá-las e, em dias de chuva, evite usar o freio sobre ou acelerar forte sobre elas.

Surfando no asfalto

Parece até “pegadinha”, você entra na curva ou está andando em linha reta e quando percebe está deslizando pelo asfalto sem saber como. Esse é o famoso surf em mancha de óleo. Infelizmente, uma armadilha comum e, na maioria das vezes, com poucas chances de evitar a queda. O ideal é evitar passar sobre a mancha.
Geralmente as manchas são de óleo diesel derramado por ônibus ou caminhões que têm o tanque rompido ou a tampa perdida. A melhor forma de prever isso é ficar atento ao cheiro e brilho “azulado no asfalto”. Ao passar em postos de combustíveis ou locais com muitos caminhões estacionados é bom ficar alerta: se sentir cheiro forte de diesel é possível que algum veículo tenha derramado o combustível no asfalto.
O mesmo cuidado deve ser tomado ao entrar e estacionar em postos de gasolina. Até mesmo ao apoiar o pé no chão é preciso estar atento para não escorregar.

Aí é cachorrada

Mais comuns na periferia da cidade, os ataques de cães a ciclistas e motociclistas são frequentes. Segundo os veterinários, a melhor forma de se proteger é parar a moto. “Às vezes o animal está irritado pelo barulho da moto e por isso está atacando, ou é uma simples brincadeira”, afirma o veterinário comportamentalista Marcelo Henzel (foto ao lado).
Um erro comum é tentar chutar o cachorro, além do risco de tomar uma mordida no pé, o piloto pode perder o equilíbrio e cair. Outro risco é atropelar o animal e também sofrer uma queda.

sábado, 4 de maio de 2019

Pedágio na estrada não significa segurança para o motociclista

Recentemente escrevi uma matéria no UOL sobre os pedágios para motos nas estradas, no artigo que você pode ler aqui, informo os valores mais altos cobrados no Brasil e cito as respectivas rodovias privatizadas. O processo de privatização tem como principal meta oferecer ao usuário uma estrada mais segura e eficiente. Mas nem sempre é assim.
Após a publicação do artigo, em 24 de março, fui surpreendido por um vídeo de um acidente na BR-040, na região de Petrópolis (RJ) entre o km 92 e 93 na subida da serra. O acidente de moto foi causado pela má condições da rodovia naquele trecho. Infelizmente um motociclista perdeu o controle da sua moto e caiu. Veja as fotos abaixo.
O piloto sinaliza que mudará de pista porém a motocicleta cai na enorme fenda entre as pistas e ele perde o controle

Se você prestar atenção nas fotos verá que a roda dianteira da moto, que parece ser uma Yamaha Ténéré 250, entra numa fenda entre as pistas. Com isso o piloto perde o controle e acaba caindo.
O vídeo repercutiu nas redes sociais e acabou caindo nas mãos do deputado Hugo Leal que se posicionou e cobrou da empresa Concer (concessionária que administra o trecho) melhorias na rodovia. Em um comunicado o parlamentar afirma que "a rachadura na pista na altura dos quilômetros 92/93 representa perigo para motociclistas e motoristas".
Infelizmente não tenho maiores informações sobre o piloto e também sua garupa. Porém, esse tipo de acidente poderia ser totalmente evitado, veja o vídeo do acidente, ele serve de alerta para quem deixa o Rio de Janeiro e sobre a serra em direção a Petrópolis. Ele também mostra que, mesmo você pagando pedágio, algumas estradas não são seguras para rodar de carro ou moto!


sexta-feira, 26 de abril de 2019

Motos e enchente não combinam

Os alagamentos podem destruir o motor ou causar curto-circuito na parte elétrica da motocicleta; veja porque vale a pena esperar a água abaixar

Por Cicero Lima / Agência Infomoto
foto: Rovena Rosa / Agência Brasil
“A moto foi feita para rodar na chuva e não dentro da água”. A frase do mecânico paulista Alexandre Sauro alerta para os riscos de atravessar enchentes e alagamentos. Os problemas são muitos e podem ir de um simples mau cheiro, passando pela oxidação interna do escapamento até o travamento do motor.
Durante as recentes tempestades que atingiram São Paulo na última semana, vimos muitos motociclistas correrem o risco de tentar atravessar áreas alagadas ou enxurradas. A dica mais valiosa nesses casos é “não faça isso”; veja porque

Adeus motor

Já ouviu falar de calço hidráulico? Esse nome complicado pode levar a resultados catastróficos para o motor da sua moto. Ele acontece quando o nível da água fica acima da entrada de ar do filtro. Nesse caso, a água entra na câmara de combustão e o motor “morre”. Ao tentar dar partida novamente, o pistão comprime a água que não tem como sair e força biela, pistão e outras partes móveis do motor. “Caso a moto morra, não tente ligar ou dar tranco, ponha em ponto-morto e empurre até um local seguro”, ensina Alexandre.
Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil

Escapamento sem saída

Além da entrada para o filtro de ar a água também pode entrar no motor pelo escapamento. Isso acontece quando o motor “apaga” ou a moto é arrastada pela enxurrada. Se desconfiar que a moto ficou debaixo d’água o ideal é não dar partida ou tranco, pois pode haver água dentro do motor.
Mesmo que a água não tenha atingido o motor ela pode oxidar o escapamento e destruir o catalisador causando grandes prejuízos. Por isso, evite estacionar em locais onde há alagamentos. Mas caso isso aconteça e você desconfie de que possa ter entrado água no escapamento, não ligue a moto e leve-a para um mecânico verificar.
Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil

Curto circuito

Uma das partes mais sensíveis da moto, e que não convive bem com a água, é o sistema elétrico. Nos vídeos de enchentes vemos que, em muitos casos, os carros e motos estão com farol aceso ou piscas funcionando. Alexandre lembra que isso é o resultado da água que “fecha” os circuitos e causa curtos, danificando módulos e afetando componentes eletrônicos nas motos modernas. “Nas motos carburadas, o CDI pode ser afetado” alerta o mecânico. 
Fernando Frazão / Agência Brasil

Câmbio, desligo

Os donos de scooters devem tomar ainda mais cuidado com o nível da água, pois a entrada de ar nesses veículos fica numa posição mais baixa do que nas motos. Além do risco ao motor e escapamento, os scooters usam câmbio do tipo automático – conhecido como CVT. Se o componente ficar abaixo da linha da água a caixa de engrenagem será afetada assim como o óleo será contaminado com lama. Rodar com o scooter nessas condições pode comprometer todo o conjunto do câmbio e causar um grande prejuízo.
Foto: divulgação

Marcas eternas

“A enchente deixa marcas eternas na moto”, o mecânico lembra que a água entra em partes de difícil acesso – como interior do quadro, por exemplo. Com o passar do tempo, essa água pode oxidar e corroer o metal sem que você veja. O mesmo acontece com o painel que perde sua cor ou fica com restos de lama na parte interna. Farol, lanterna e piscas podem ficar esbranquiçados. A água também pode encharcar a espuma do banco e, caso não fique ao sol para secar apropriadamente, pode deixar um mau cheiro que será a lembrança de atravessar um alagamento ou de que a sua moto ficou debaixo da água.

terça-feira, 2 de abril de 2019

Cuide da corrente da sua moto

Sistema de transmissão final pode durar mais de 40.000 km, mas é preciso pilotar suavemente e fazer a manutenção periódica; confira


Responsável por transferir o movimento da caixa de câmbio para a roda motriz, a transmissão final (ou secundária) é o que faz sua moto rodar, literalmente. Conhecida como relação final, é um dos sistemas na sua companheira que mais pede cuidados e uma manutenção periódica. Composta pelo pinhão (que vai junto do eixo do câmbio); corrente e a coroa, fixada à roda; a transmissão secundária é dimensionada de acordo com sua potência e tipo – esportivas, uso misto e outras.
Apesar de simples, a manutenção preventiva é essencial para a relação funcionar bem e garantir confiabilidade à moto. A seguir, listamos sete dicas essenciais para ter uma relação saudável e duradoura.




1 – Relação “limpa”
Para que sua relação tenha vida longa é fundamental deixar o conjunto limpo. Sempre que encarar chuva ou estradas de terra, lave a corrente e a coroa. A limpeza pode ser feita usando uma escova plástica, como a dental ou as de limpeza doméstica, mas existe também uma escova específica em forma de “U”. Em motos menores, o pinhão costuma ter fácil acesso – muitas vezes é coberto por uma capa plástica. A indicação é lavar e lubrificar o pinhão a cada 10.000 km.
Para retirar resíduos entre os elos, pode ser usado desengraxante que, por ser abrasivo, deve ser diluído em água, conforme informado no rótulo. Segundo o mecânico Alex Bongiovanni, da Officine Moto em São Paulo (SP), “na falta do desengraxante, o querosene pode ser usado. E, qualquer que for o produto usado para limpar a corrente, o ideal é lavar o sistema com sabão neutro ou detergente de louças. Desta forma, evita-se o acúmulo do produto de limpeza pesada, normalmente abrasivo”. Depois de enxaguar, seque a corrente usando compressor de ar ou espera secar antes de lubrificar.


2 – Relação lubrificada
A lubrificação da corrente pode ser feita com sprays específicos, ou mesmo com óleo mineral para motor. Com os elos secos, injete o óleo pela parte superior, de modo a penetrar entre eles. Não use graxa branca para uso náutico: além de acumular muitos resíduos, é difícil de ser retirada.






3 – Relação suave
Para que a relação dure bastante, deve-se conduzir a moto evitando dar trancos nas trocas de marcha. Embreagem com regulagem muito baixa pode levar a trancos nas trocas, portanto vale mantê-la ajustada. Uma moto que não precisa de “esticadas” constantes na corrente revela um uso cuidadoso.
Arrancadas e trocas de marchas bruscas são hábitos que, aliados à falta de manutenção, podem abreviar a vida da relação para menos de 10.000 km.

4 - Tudo acaba
Corrente no fim da regulagem junto à balança traseira ou ovalizada, coroa e sobretudo o pinhão com os dentes finos e tortos, indicam uma relação em final de vida. Troque urgentemente. Afinal, uma relação desgastada, pode deixa-lo na rua porque os dentes do pinhão quebraram e não há tração na roda traseira, ou pode lhe causar um acidente, caso a corrente rompa e se venha a enroscar.

5 – Relação alinhada
Para ter boa durabilidade, o conjunto de relação deve funcionar alinhado. Ou seja, uma roda torta ou fora de centro poderá fazer com que a relação funcione desalinhada e o desgaste aumente muito. Daí a importância do mecânico avaliar se é preciso alinhar a roda antes de montar o novo conjunto.

6 – Tenha uma relação completamente nova
Nunca concorde em “diminuir” a corrente tirando elos, pois a resistência dela fica comprometida. Também não se deve trocar itens em separado, sob pena das peças já usadas causarem desgaste excessivo ou não “casarem” com a nova. Bom exemplo é uma corrente nova atuando com pinhão e coroa velhos: ela terá folgas diferentes em relação aos demais itens da transmissão secundária e irá “acabar” logo. É comum utilizar coroa e pinhão de um fornecedor (muitas vezes são vendidos somente desta forma) junto de uma corrente de marca renomada. Na reposição, procure escolher corrente com retentor, que tenha o´rings nos elos e retém melhor o óleo. Atualmente, esse tipo de corrente é equipamento original de fábrica em muitas motos.

7 – Quanto dura a relação?
Tomados todos os cuidados como lavar, lubrificar a relação e conduzir a moto suavemente, o sistema tem tudo para durar até 40.000 km, ou pouco mais. Vale lembrar que motos que rodam na estrada tem menor desgaste em geral, inclusive da relação; menos exigida do que as motos usadas apenas na cidade, onde reduções e trocas de marchas são mais constantes.

Por Guilherme Silveira, para Agência Infomoto

segunda-feira, 18 de março de 2019

Gasolina mais barata que pedágio!!!

Incrível, mas gastei menos de gasolina do que com o pedágio numa viagem entre Atibaia e Campinas, no interior de São Paulo. O trajeto de 130 quilômetros entre as duas cidades é feito usando a Rodovia D. Pedro I. São duas praças de pedágio em cada sentido com valores de R$ 3,60 e R$ 4,90 acumulando o valor de R$ 17,00 com pedágio.
Fiz a viagem com meu scooter Honda PCX rodando na velocidade média de 100 km/h. Nessa velocidade o consumo ficou acima dos 38 km/litro (veja quadro acima). O gasto em dinheiro foi de R$ 14,10 um valor abaixo do custo do pedágio. Veja reportagem no vídeo 
Cicero Lima, editor Revista MotoEscola.

quarta-feira, 6 de março de 2019

Motoqueiro faz amizade com o cachorro


Enquanto a maioria chuta, esse motoqueiro para e conversa com o cachorro. Claro que virou amizade que vai bombar na rede.

Conheça a nova Honda Pop 110i

Em 2018 quase 100 mil unidades da Honda Pop 110i foram produzidas em Manaus (AM) fazendo dela a quarta moto mais vendida do Brasil. O modelo é o mais barato da Honda e tem como principal mercado a Região Nordeste, que concentra 70% de suas vendas. A motoneta tem preço sugerido de R$ 5.790 (sem frete e seguro) e sua receita de sucesso mescla robustez, economia e baixo custo de manutenção. Na versão 2019, a grande novidade é o sistema de freios combinados. 
Chamado pelo fabricante de CBS, o sistema atua na roda dianteira sem a interferência do piloto. O funcionamento é simples, basta o piloto pisar no pedal do freio traseiro que um cabo, posicionado junto ao pedal, transmite parte da força de frenagem para a roda de frente.
Quanto mais forte for a pressão no pedal, maior será a frenagem na roda dianteira. Em frenagens de emergência, por exemplo, quando a roda traseira chega a travar, a roda dianteira chega a receber 30% de frenagem. Com isso, o espaço de frenagem diminui e o controle da moto é maior (veja vídeo). Vale ressaltar que, para manter-se como um modelo de baixo custo, a Pop 110i ainda usa freios a tambor.
Além do sistema de frenagem, que atende a legislação atual, o novo modelo também ganhou uma nova cobertura do banco, agora texturizada, que o diferencia da versão anterior e evita que o piloto escorregue no assento.

Receita de sucesso

No restante, a Pop 110i não teve modificações. Seu motor de um cilindro com 109,1 cm³, alimentado por injeção eletrônica, produz a potência máxima de 7,9 cv a 7.250 rpm e o torque de 0,90 kgf.m a 5.000 rpm e é alimentado apenas por gasolina. Se os números de desempenho e sua velocidade máxima de 90 km/h não empolgam, a economia é seu maior trunfo.
O consumo em velocidade constante de 80 km/h é de 37,76 km/litro, divulgado pelo fabricante. Já na cidade, que é o “habitat natural” da Pop, em nossa avaliação fez a ótima média de 43 km/litro.
Leve, com apenas 87 kg a seco, a Honda Pop 110i é uma das motos mais simples e fáceis de pilotar. O câmbio de quatro marchas sequenciais e com embreagem manual tem engates fáceis. A receita de simplicidade excluiu até a partida elétrica, mas basta acionar o pedal que o motor desperta rapidamente.
Outra qualidade da Pop é a facilidade de manutenção por conta de soluções simples e robustas como os freios a tambor e as rodas raiadas. Esse tipo de roda, que têm medidas 14 polegadas na traseira e 17 na dianteira, é muito resistente e permite encarar sem medo ruas esburacadas ou calçamentos irregulares.
A receita da Pop é um sucesso, prova disso são as curvas de vendas que vêm em crescente desde seu lançamento em 2007. Segundo Alexandre Cury, diretor comercial da Honda, “aos poucos as outras regiões do Brasil, vão descobrindo as qualidades da Pop 110”. O modelo 2019 já está nas lojas em três opções de cores: branca, preta e vermelha.