sexta-feira, 27 de abril de 2012

Você já dirigiu doidão?



Não se ofenda com a pergunta. Segundo dados do Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crimes (UNODC) o Brasil possui 870 mil usuários de cocaína. Em relação a maconha esse número chega a 3,7% da população adulta na região Sudeste.

Pergunto pois tem muita gente nesse Brasil dando um “pega” no baseado ou detonando uma “carreira” de poeira.  Quem faz parte dessa estatística sabe que os reflexos ficam comprometidos. A capacidade de raciocinar vira fumaça e o bom senso se transforma em pó.

Não! Não use a figura estereotipada do hippie dos anos 60 que fumava maconha na beira da praia ao som de Joan Baez e Bob Dylan pensando nos amigos que estavam no Vietnã. Não seja ingênuo de achar que falo dos yuppies que cheiravam cocaína para subir em suas carreiras nos anos 90. 
Isso acabou a realidade é mais pesada, é uma carga pesada!

Infelizmente uma nova categoria de usuários de drogas ganha a vida no asfalto. São os caminhoneiros que usam as drogas para “aguentar longas horas atrás do volante” e assim entregar a carga no tempo estipulado. Pura desculpa!

Na quinta-feira (26/04) um comando da Policia Militar no Posto Fiscal da Via Dutra – na divisa entre Rio e São Paulo – flagrou dez caminhões conduzidos por motoristas que usavam maconha ou cocaína. E sabe o que aconteceu? Nada!

“Eles são levados ao DP e lá assim um Termo Circunstanciado de Ocorrência” informou o policial. Na prática seria como pegar uma criança que quebrou uma vidraça, dar uma bronca e dizer “vou contar para o seu pai e cobrar dele”.  A criança, no caso o motorista, volta para a estrada e segue sua viagem que mistura asfalto, fumaça e poeira.

O noticiário informou que a cada dia aumenta o número de apreensões de drogas entre os caminhoneiros que há muito tempo deixaram o rebite (ou arrebite) para trás e partiram para uma vida mais alucinante. 

Segundo a doutora em engenharia de trânsito, Ieda Lima, a cada cinco minutos ocorre um acidente envolvendo veículos de transporte de carga. 

E nós que estamos expostos ao risco de cruzar com um motorista doidão “viajando” nas estradas resta rezar e tomar cuidado.  Se ele matar sua família ou passar por cima do seu carro ou moto pela Lei será apenas um acidente. A meu ver é um crime premeditado, pois quem usa droga e vai dirigir um caminhão sabe que pode matar. O motorista assume o risco de acabar com a vida de uma família e deve pagar por isso. 
O Poder Público já passou a mão na cabeça de quem dirige alcoolizado e trata de forma mais branda os motoristas profissionais que usam drogas ainda mais pesadas.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

O Brasil e suas concessionárias



A moto, diferente do carro, tem enorme capilaridade e suas vendas não estão concentradas nas cidades de maior PIB, fenômeno típico do mercado automobilístico. Um exemplo é a quantidade de concessionárias de motos no Nordeste – atualmente a região que mais vende esse tipo de veículo no Brasil – comparada aos números do Sudeste. Enquanto o Nordeste acumula 740 concessionárias e comercializou 76 mil motos (“0Km”) em dezembro de 2011, no mesmo período o Sudeste acumulou a venda de 56 mil motos, distribuídas em 1.237 concessionárias. Essa é uma das muitas peculiaridades do mercado coberto pela OS!, que a partir dessa edição chega a mais de 6.000 concessionárias. Conheça os números de concessionárias por região, a população e a venda média por mercado.

NORTE
A floresta só é vencida pela água, pelo ar ou de moto. Esse é o lema na extensa região Norte com quase 3.800 milhões de quilômetros quadrados e população de cerca de 15,5 milhões de habitantes. Os sete Estados venderam 155.840 veículos de quatro rodas. Na mesma região, o número de motos chegou a exatas 200.543 unidades. Para superar os desafios dessa região e atender aos clientes, a rede de automóveis é composta por 165 concessionárias. Já entre as motos, esse número é mais expressivo e chega a 190 concessionárias e pontos de vendas.

CENTRO-OESTE
Na vastidão do planalto os veículos de quatro rodas ainda dominam. Com quatro Estados, incluindo o rico Distrito Federal, a região Centro-Oeste tem uma população de 13.677.645 habitantes. Em 2011 foram emplacadas 193.996 motos comercializadas por 279 concessionárias. Mas o destaque fica para os automóveis e os comerciais leves. Foram vendidos 329.275 veículos, sendo que desse total mais de 30% são comerciais leves, confirmando a tendência agro-pecuária da região. Os habitantes da região contam com 294 concessionárias.

NORDESTE
Gigante das motos e pequenas entre os automóveis. Em 2011 a Região Nordeste apresentou um crescimento significativo em relação ao número de veículos vendidos. Assumiu a liderança no mercado de motos ao emplacar 675.907 unidades. Já entre os automóveis e comerciais leves o Nordeste está atrás da região Sudeste e Sul. Foram emplacados 517.706 veículos de quatro rodas. Apesar de reunir nove Estados, a região Nordeste acumula um número pequeno de concessionárias em relação a sua população. São mais de 53 milhões de habitantes que tem a sua disposição 740 concessionárias de motos e aproximadamente 440 concessionárias de automóveis. Em alguns Estados como, por exemplo, o Piauí, o número de concessionárias de automóveis é extremamente reduzido, são 25 concessionárias que comercializaram pouco mais de 21 mil veículos em 2011.

SUL
Automóveis são a maioria absoluta no sul. Nos três Estados da Região Sul moram pouco mais de 27 milhões de habitantes. Eles compraram nada menos que 514.047 automóveis, mais 147.604 comerciais leves chegando ao total de 661.651 veículos de quatro rodas emplacados em 2011. Para atender essa demanda a região conta com 755 concessionárias. No seguimento de motocicletas foram comercializadas 209.823 unidades nas 476 concessionárias da região onde o que predomina são os automóveis.

SUDESTE
A força se mostra no número de vendas e concessionárias Com a população de mais de 77,6 milhões de habitantes os quatro Estados da Região Sudeste oferecem números superlativos em tudo. Para começar a venda de automóveis é o dobro que a região Nordeste. Foram comercializados 1.369.821 automóveis, soma-se a isso os 391.307 comerciais leves e chegamos ao incrível total de 1.760.583 unidades. Para atender essa demanda as marcas têm o desafio de capilarizar suas concessionárias e pontos de vendas em milhares de municípios. Estados como Minas Gerais apresentam números grandiosos com 392 concessionárias de veículos de quatro rodas. No total, o Sudeste acumula 1.795 concessionárias sendo que a maioria, como era de se esperar, está em são Paulo com 1.042 revendas. O mesmo fenômeno aparece em relação as motos, mas de forma menos agressiva que o Nordeste. O total de vendas anual do sudeste foi de 660.275 motos por meio de 1.130 concessionárias.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Financiamento, a isca e a indigestão


Além de vender é preciso informar o custo de manutenção

Para muitos brasileiros a facilidade do crédito se tornou uma armadilha. Nas concessionárias ou loja de usados, os modelos brilhando na vitrine ou com cheirinho de carro novo funcionam como iscas para peixes famintos.

A fome dos peixes (ou consumidores) é fomentada pelas precárias condições do nosso transporte público e pela vontade de ter o conforto e a liberdade de ir e vir quando quiser. Vontade e necessidade que só podem ser supridas, na maioria das vezes, por um carro ou uma moto.  É nesse momento que entra o crédito fácil.

Hoje pela manhã a jornalista Mirian Leitão comentou a nota publicada pela ANEF (que reúne as financeiras das montadoras) dando conta do aumento da inadimplência, que chega a preocupantes 5% (ou seja, o dobro comparado a 2010).

Segundo a jornalista, a maioria desses inadimplentes optou pela compra do carro em 60 vezes sem entrada, sendo que 35% deles estavam comprando seu primeiro carro. Esse consumidor, que poderíamos classificar como entrante, não está acostumado aos custos da manutenção de um carro.

Para ele IPVA, seguro, consumo de combustível e outras despesas não entram na sua conta do mês. Prova disso é que, segundo a jornalista, a maioria já começa a ter problemas com atraso da prestação após um ano da aquisição do bem.

Agora cabe a pergunta: quem tem a responsabilidade de educar esse consumidor? Segundo Décio Carbonari de Almeida, presidente da ANEF “as instituições financeiras tem a obrigação de esclarecer e só conceder crédito ao consumidor que tem condições de assumi-lo”.
Entretanto, ter condições de se pagar uma parcela, não significa que o consumidor também terá como “sustentar”  o carro e muitas vezes ele não sabe disso.

Como sabemos, a inadimplência é um dos fatores que torna o crédito cada vez mais caro e no final todos acabam perdendo quando alguém deixa de pagar. Desde o dono da concessionária, o vendedor e o consumidor que pagará mais caro pelo financiamento.

O dobro da inadimplência é um sinal de alerta para financeiras, concessionárias e vendedores que no anseio de cumprir suas metas estão jogando a isca para qualquer tipo de peixe, um peixe que no futuro poderá causar indigestão a todo nosso setor.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Criatividade obrigatória



Não basta apenas lançar o produto e mostrá-lo aos jornalistas especializados. Agora os fabricantes de picapes tem um novo desafio pela frente: criar uma promoção interativa e, antes de tudo, interessante.
Foi o que fez a Chevrolet com o Desafio S10, a promoção é veiculada no Programa Auto Esporte e mostra duplas executando tarefas típicas do universo da picape. Quem for a melhor leva a S10 para sua garagem. Domingo os concorrentes ordenharam vacas e transportaram galões de leite. Uma ótima sacada da Chevrolet.
A Ford mostra a nova Ranger nas feiras agropecuárias e está lançando uma promoção chamada Ranger Challenge onde o participante terá que criar um desafio diferente para a nova picape Ford. Para participar acesse o site www.rangerchallenge.com.br os mais criativos ficam com a Ranger. Boa sorte e viva a criatividade!

sábado, 7 de abril de 2012

Pelo menos cuide da sua vida

É muito raro encontrar algum piloto que assuma: eu errei! O que é mais fácil é culpar o Poder Público, a Companhia de Engenharia de Tráfego, o motorista de ônibus, de carro ou caminhão pelos acidentes. O mesmo acontece com as bicicletas, já tem muito ciclista fazendo bobagem e achando que a razão está ao seu lado. O pior é que algumas pessoas se julgam indestrutíveis.
Veja essa foto feita Marginal Tietê, olha o absurdo que esse motociclista está fazendo. Um atentado contra sua vida e de outras pessoas. Como pode carregar um tubo que supera o dobro do comprimento da moto? Sem sinalização é um alvo fácil para ônibus ou caminhão, basta um leve toque para derrubar a moto. Advinha quem vai levar a pior? 
Além do motorista que terá sérios problemas, a cidade terá mais um congestionamento enquanto outro leito de hospital será utilizado devido a estupidez de uma pessoa.
Esse é o tipo de situação onde o motociclista se expõe de forma clara e não tem desculpa. Atitudes como essa merecem multa e a apreensão da carga e da moto. Mas onde está a fiscalização? 
Na mesma Marginal Tietê havia um ciclista trafegando na faixa da esquerda, encostado no meio-fio, pedalando cheio de confiança julgando que os carros passariam a mais de um metro de distância, o que é impossível nesse tipo de via. Tentei alertar um fiscal do CET que balançou os ombros e continuou "olhando para o nada" enquanto o ciclista seguiu em frente arriscando sua vida e pronto para estragar a vida de alguém.   

quinta-feira, 15 de março de 2012

Câmbio manual para agradar a todos, afinal o cliente tem sempre razão


Ao acionar o pedal de embreagem do novo Honda CR-V senti algo estranho no ar. Engatar a primeira marcha, soltar o pedal tomando cuidado para o carro não morrer... Isso foi estranho, muito estranho. Todo aquele luxo e imponência e uma alavanca de câmbio não combinam, para mim o Honda CR-V é um carro classudo demais para ter pedal de embreagem.
Tudo por culpa dessa gente teimosa que insiste em dizer “carro tem que ter câmbio manual, quero sentir o carro na mão”. Gente que nunca conviveu com o câmbio automático e até aqueles que conhecem mas são teimosos por natureza: não gosto, não gosto e não gosto! OK vocês venceram. 
Por culpa de vocês lá estava eu avaliando o Honda CR-V que agora traz a opção do câmbio mecânico, “para agradar uma minoria” segundo a engenharia da Honda.
Na minha opinião equipar o novo CR-V com câmbio manual é um retrocesso. Justamente agora que o modelo dá adeus ao título de SUV para assumir ares de crossover devido ao conforto, espaço interno e dirigibilidade. Justamente agora que ele chega a sua quarta geração e enterra de vez seu passado de “jipe”. Resumindo, usar câmbio mecânico é como entrar no túnel do tempo em direção as versões do século passado.
A nova CR-V tem a missão de manter a liderança e começa na versão LX 4x2 que será a porta de entrada para o mundo do crossover Honda e custará R$ 84.700 já no topo está a ELX 4x4 avaliada em R$ 103.200. 
Mas cá entre nós: pagar quase 85 mil em um carro de câmbio manual é muita teimosia.  Tá certo que gosto não se discute, em alguns casos a gente lamenta!

domingo, 11 de março de 2012

Golpistas atacam idosos na Fernão Dias, avise seus parentes



Nas manhãs de quinta-feira a Fernão Dias é praticamente uma avenida na altura de Guarulhos, pertinho de São Paulo. Entre os carros e caminhões que disputam cada metro de asfalto, um casal de idosos segue sua rotina voltando para São Paulo. Felizes haviam alimentados os cachorros lá da chácara e logo estariam em casa.
De repente um barulho alto na lataria faz o senhor parar o carro. Seria uma batida, atropelou um animal? Dentro do carro sua esposa reza para que nada tenha acontecido, o que seria muita sorte depois do susto.
Em uma fração de segundo surge um pedestre gritando que o carro estava soltando fumaça. “Abra o capô, rápido está pegando fogo!”. Quando o capô é aberto um princípio de incêndio é debelado, graças a atitude gentil do até então desconhecido.
Em meio a confusão de caminhões, carros, buzinas, fumaça e motos descobre-se que o problema poderia ser pior. Mas bastava ligar para a companhia de seguro e tudo seria resolvido.
O desconhecido fala seu nome e pede para a senhora ficar calma, ele chamará a companhia de seguro.  Em poucos minutos surge o mecânico da seguradora. Uniforme impecável, atencioso e portador de péssimas notícias:
“Outro caso do Gol, está se tornando rotina a Centralina quando queima pode incendiar o carro, o senhor teve sorte”.
Enquanto isso o gentil desconhecido, diz que precisa ir embora por conta de um compromisso. Leva com ele as palavras de agradecimento da senhora por sua atenção “graças a Deus o senhor estava passando, muito obrigado mesmo”.
Enquanto isso o mecânico liga para a concessionária para cotar o valor da peça. “É um roubo o que esses fabricantes fazem, cobrar R$ 5 mil por uma Centralina eletrônica. A peça está fora da garantia, e eu não posso fazer nada.”
Começa então um embate para resolver a situação. Mas o mecânico “por sorte” encontra a peça em meio a sua mala de ferramentas. Cobra um preço mais baixo e arruma o carro pela metade do valor, incluindo o preço da mão de obra.
Preciso receber em dinheiro informa ele, a peça pertence a companhia “tenho que compra-la para devolver ao estoque ainda hoje, posso até perder o emprego”.
Para facilitar as coisas acompanha o casal até o banco onde recebe o dinheiro sacado na boca do caixa. Por fim dá um conselho: “Meu senhor, cuidado ao rodar por estradas de terra esse defeito é mais comum em carros que costumam rodar nesse tipo de piso. Em todo caso fique com meu telefone, tenha um bom dia”.
Em pouco tempo o casal já está de volta a sua rotina. Fecham o portão e entram em casa, o  senhor olha para o carro, pragueja contra o fabricante, estufa o peito e diz que velho Fusca era um carrão. “Olha o prejuízo que esse carro novo cheio de frescura me deu”. Mal sabia ele que era tudo um golpe...
Escutei esse relato de uma atendente do posto da Auto Pista Fernão Dias na Vila Galvão. Segundo ela as reclamações são diárias sobre os golpes na região e a polícia já busca um jeito de encontrar os bandidos.
Os golpistas seguem os carros com idosos e usam todos os truques para persuadir as vítimas. Até casais com crianças passam ao lado e avisam que o carro da vítima está com problemas, soltando fumaça, a roda está balançando etc... Os mais astutos chegam a jogar um objeto de borracha no carro, o barulho é grande e não deixa marcas.
Quando a vítima estaciona para ver o que aconteceu surge, como por encanto, um bom samaritano. Não é um golpe novo, mas a forma de aplicá-lo ganhou contornos de espetáculo envolvendo vários atores.
Os bandidos parecem ter feito escola de teatro, tamanha a capacidade de envolver as vítimas na encenação. Por fim surge o “mecânico” com roupa da seguradora e completa o assalto sem armas. Segundo a atendente da Auto Pista Fernão Dias as vítimas preferidas são os casais de idosos.
No golpe, além do dinheiro das vítimas, os bandidos roubam a fé das pessoas. Tomará que a senhora e seu esposo jamais descubram que foram vítimas de um golpe. Saber que aquele moço educado e prestativo, na verdade era um bandido. Para eles será um golpe muito duro, um golpe que poderia roubar a Fé que até então eles tinham nas pessoas.

sábado, 10 de março de 2012

Ela dirige muito melhor que você! Duvida?



Março é o mês das mulheres, por isso gostaria de homenagear uma em especial. Está vendo essa senhora? Ela merece destaque pela sua coragem e habilidade na hora de dirigir em qualquer tipo de terreno. É a francesa Michèle Mouton que mudou a história dos carros de rali e fez história no campeonato mundial da modalidade o WRC (World Rally Championship)

Em 1981 conquistou sua primeira vitória pilotando um Audi Quattro durante o Rali de San Remo. Michèle foi a primeira e única mulher a vencer uma etapa.  Em 1982 ela repetiu o feito em Portugal e na Grécia. No mesmo ano ela foi a vencedora no Brasil.
Além da vitória de uma mulher outro fator mudou a história da competição: a chegada dos carros com tração 4 x 4.  O modelo Audi Quattro foi o divisor de águas na modalidade. Mas isso é outra história, o mais importante foram as vitórias de Michèle, acompanhada por Fabrizia Pons, em agosto desse ano completam 31 anos. Por isso é bom respeitar motoristas de cabelos longos, óculos e jeitão de professora, elas podem nos dar boas lições em qualquer terreno.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Pare, olhe e compre. Ou faça a foto e saia andando!


Fiz essas fotos no famoso bairro de Ginza, em Tóquio. Os carros estão na vitrine e disputam com joalherias sofisticadas, lojas de roupas prá lá de badaladas, móveis que inovam em design  e galerias o status de obras de arte.
Para dizer a verdade, são mesmo! Afinal o que dizer de marcas como a Bentley ou Maserati. Podemos ou não elevá-las ao status de obras de arte sobre rodas? Para mim não existe nada melhor, afinal Mercedes, BMW, Ferrari são comuns em nossas ruas. Mas Bentley ou Masserati são exclusivas, não são para emergentes, são para gente que nasceu em berço de ouro e sabe o que quer quando o assunto é carro.
O mais interessante é que as marcas estão lado a lado, mostrando aos pedestres o que é uma jóia sobre rodas. Agora qual será a sensação de poder entrar em uma galeria de arte como essa e comprar um carro desse?
Realmente poucas pessoas, até mesmo em Tóquio, têm “bala na agulha para isso”. Mas uma coisa é certa naquela avenida está o melhor que o dinheiro pode comprar, seja sobre rodas ou não.
De volta ao Brasil fui conhecer a nossa realidade e pesquisei alguns preços desses carros, inclusive dos usados. Uma Maserati 3200 GT, ano 2001 está cotada a R$ 120 mil (cá entre nós uma preço elevado para um carro com mais de uma década de uso). Uma Gran Turismo 0 Km  vale nada menos que R$ 530 mil. Achou caro? Presta atenção... 
Pesquisei o Bentley e quase cai de costas: o mais em conta que achei foi um Continental 6.0 ano 2006 pela bagatela de R$ 550 mil. Novo ele vale um milhão e trezentos mil. Isso mesmo: R$ 1.300.000,00. É muito zero né?
Agora que você tem a noção dos preços, esteja no Brasil ou no Japão se você é rico de verdade é só fazer o cheque. Caso contrário faça como eu tire uma foto e divida com os amigos. 

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Chão de fábrica e presidência


“Issao, você fez um ótimo trabalho com as motos e quero ver você fazer isso com os carros”. O comentário foi de Takanobu Ito, presidente mundial da Honda, durante uma entrevista para um grupo de jornalistas brasileiros em Tóquio no final de 2011. Ao seu lado estava o engenheiro mecânico Issao Mizoguchi, que comandava a fábrica de motocicletas da empresa em Manaus (AM).
Além de sua clara capacidade como engenheiro e administrador, quem conhece a fábrica da Honda, já percebeu o quanto Issao é querido pelos funcionários. “Ele é um ídolo em Manaus”, confidenciou um engenheiro da empresa, referindo-se a ligação entre ele e os operários da fábrica que ultrapassa a relação chefe e subalternos.
Esse jeito de administrar e seu passado ligado a produção, também conhecido como chão de fábrica, levou Issao a presidência da Honda Moto da Amazônia. Com seu jeito simples e bem humorado porém direto e eficiente, ele também tem o desafio de fazer que a Honda tenha bons resultados com seus automóveis pois Issao é vice-presidente dessa divisão. Uma missão difícil, porém capacidade e carisma ele parece ter, pelo menos aos olhos do presidente mundial da Honda. Creio que os operários de Manaus estão felizes com a escolha.